"Até que ponto um coração aguenta esperar?"
"Até onde a espera pode suportar?"
Partilhar junto ao luar uma solidão constante, ignorando a presença das estrelas.
Visualizar um sorriso dentro da alma e ter certeza de que é uma pequena e breve ilusão.
E então sentir a tua ausência no mais profundo do que é real,
E notar a tua imagem em toda esfera luminosa nesse caminho sombrio.
E só então ter certeza de que está só e que esperar é inútil, tão desnecessário quanto os olhares curiosos que me cubam na interrogativa de me questionar cá sozinha.
Parada em uma parede qualquer, ignorando todos os sons na ânsia de ouvir a tua voz,
E então saber, compreender e aprender que tu não virá ao meu encontro,
E que não tens partilhado do meu convivio até hoje,
mesmo com o corpo por perto,
Teu coração lamenta um amor perdido, na prioridade de algo que já não te possui como algo prioritário.
São sementes de frutos que não nasceram, nem pra mim, nem pra ti.
É engraçado notar que ainda assim, depois de toda essa razão apreendida, eu continuo aqui,
Como se os minutos não tivessem passado,
E como se tu ainda fosse aparecer...
É chegada a hora de ir embora,
E responder às perguntas dos que ainda me observam:
'Ele não veio'