quinta-feira, 24 de junho de 2010

ideal

O ideal seria...
Andar de pés descalços com a areia morna...
Nem fria pela água; nem quente pelo sol.
Tomar banho de chuva com a água agradável...
Nem forte demais; nem chuvisco.
Ir a uma festa boa...
Nem muito cheia; nem muito vazia.
Um tempo aconchegante...
Nem muito frio; nem muito quente.
Uma comida boa...
Nem muita verdura; nem muita fritura.

Várias coisas, se vividas não intensamente, dariam mais certo.
Os extremos parecem estar fora de moda, se é que um dia estiveram...
No entanto, parece tão impossível fazer com que as coisas sejam perfeitas,
Uma vez que, o que está mais perto da perfeição, a natureza,
Se mostra totalmente mutável e extrema.
O mar, o sol, o alimento, o homem...

Não sei onde encontrar o termômetro para medir os atos.
Para reprimir sorrisos.
Para apagar olhares...

Eu peço desculpas por não ter aprendido a ser um meio termo...
Aprendi a ser extrema vivendo intensamente
os passos na areia...
os banhos de chuvas inesperados...
as festas cheias ou vazias...
os dias quentes ou frios...
Vivi mesmo que discordando de tudo isso...
Pois era isso que a vida me apresentou para viver...
Negar seria não querer existir.

Seria ideal não ser como sou...
Porém, se esse é o ideal...
que me desculpem,
Mas existem mais pessoas por ai...


terça-feira, 22 de junho de 2010

Milhares de tentações...


Procuro um olhar que queira encarar o meu,
Um olhar que diga por sí só suas palavras,
Um olhar verdadeiro e de alma.
Procuro um olhar que fixe o meu ao seu,
Um olhar de qualquer cor,
de qualquer raça.
Apenas procuro um olhar que não seja um mero olhar,
Mas sim um olhar que me faça crer,
Crer na realidade e não em um simples sonho.

Um Olhar sem máscaras,
Sem lentes,
Pois eu não procuro olhos bonitos,
Procuro olhares sinceros.

quinta-feira, 17 de junho de 2010

Abraço...

Hoje eu fiquei procurando o significado de um verdadeiro abraço,
e também daqueles que não são de verdade...
Procurei o sentido de abraçar,
o querer de ser abraçado.
Nada encontrei...
O que seria o ato de abraçar?
Abraço bom, que te fecha os olhos, que te faz sorrir,
abraçar para contagiar,
abraçar para fazer feliz...
É mais que magia, quase que indescritível.
Abraços de consolo,
De felicidade,
De saudade...
Abraços de conforto,
De amizade,
De verdade...
Eu não quero abraços que me iludam,
Mas também não quero esperar sozinha até que o verdadeiro venha...
Eu quero um abraço de carinho, um abraço que me tome as lágrimas,
que me lave a alma...
eu quero um abraço para todos os momentos,
quero ter por entre meus braços... amor.
quero que meus braços aprendam a dizer,
tudo que eu sinto, mas que não consigo falar...
Pois abraçar é isso mesmo...
Contar ao mundo o quanto esse alguém te fez falta quando ausente...
mesmo que seja por alguns instantes...
Verdadeiros abraços não conhecem o tempo,
só sabem que devem acalmar em seu corpo,
a pessoa que nosso coração quer por perto.


PS- Dedicado à Taliane Padilha

terça-feira, 15 de junho de 2010

Para que existir poemas de amor?
Poetas desinformados da nova realidade.
O amor virou uma lenda, um lágrima de novela, um conto de um livro antigo.
A conquista foi deixada de lado,
Ganhar significa desdenhar.

?

Na real eu precisava muito reaprender certos conceitos sobre a vida.
As coisas vão acontecendo, e parece que eu vou ficando para trás, como se eu fosse um personagem a mais num espetáculo que é meu, meu e de mais ninguém.
Eu mudei alguns comportamentos, desses, eu voltei a ter uns, e na maioria eu continuei com o que consegui.
Contudo, parece que de nada adiantou.
Eu continuo errando, erros quase que imperdoáveis, erros que os demais não aceitam.
É fácil querer largar de mão, é tão mais simples...
Mas e quando o que se tem a largar é a si próprio, como fazer?!
Sem solução!
Eu não gostaria de ser a gloriosa, porém, não é legal ser a pateta.
A piada do outro dia,
ou motivo para ser esquecido.
Eu noto minhas alterações nos meus textos, nos meus pensamentos, em mim.
Eu só não consigo agradar a todos, esse papel não é meu, não é de ninguém.
Então eu vou me reprimindo, afogando desejos, ouvindo conselhos, tentando melhorar.
Mas e se eu não conseguir essa melhora?
Eu queria tanto que meus pensamentos fossem expostos num telão, para que quando eu pensasse em algo duvidoso, as pessoas realmente acreditassem, e não me olhassem, como fazem, para dizer:
'é sei...'

Eu não to aqui para reclamar, nem lamentar, quanto mais para querer apoio.
Eu sei que angústias passam, assim como momentos bons também.
Eu só queria mudar.

quinta-feira, 10 de junho de 2010

Pai

Quando somos crianças ouvimos o tempo todo :
'Reza para o Papai do Céu'
Um ser tão frágil associa que o seu pai é o pai do céu.
Olha pela janelinha numa noite fria, e pensa...
O céu é tão grande, e papai é o dono dele.
Passamos a o admirar.
Desde pequenos, construímos uma imagem perfeita,
nosso pai passa a ser o nosso chão,
o nosso meio,
e o nosso céu.
Eu realmente não posso falar por todos,
nem pela grande maioria.
Eu somente posso falar por mim.
Esta é a minha visão, o meu mundo, a minha vida...
o meu PAI...
Eu já o vi fazer de tudo, ou pelo menos, quase tudo.
Dias de chuva ou Sol,
Calor ou frio...
Ou até, dia ou noite.
O que eu ainda não vi, foi ele desanimar.
Se quando eu era pequena eu acreditava que o meu pai, era o pai do céu.
Hoje eu acredito que o meu pai, é o pai da Terra, da minha terra.
Exemplo em todos os sentidos,
protetor, cuidadoso, pai.
Aos meus leitores, saibam que a maior parte de minhas inspirações, foram baseadas no que eu aprendi até hoje com ele.
Hoje tudo que faço é pensando se estou o orgulhando,
uma vez que, ele até hoje é o meu orgulho, meu exemplo.
Não existem filhos nem pais perfeitos.
Mas o amor que há entre eles,
esse sim, independente de qualquer gênio,
é perfeito.

quarta-feira, 9 de junho de 2010

Detalhes

Eu acredito no Futuro, tenho fé no Presente e saudades do Passado...
Não me conformo em ser a boneca da vitrine,
Nem tampouco quero se-la...
Eu tenho saudades de um passado contente, de sonhos que me embalavam ao sono, de uma realidade sem problemas.
Eu tenho fé no presente que vivo, que me da forçar para seguir no caminho.
Eu acredito nesse tal futuro, hoje de uma maneira mais segura, mas continuo acreditando.
Já não preciso de grandes promessas,
Aprendi que quando se quer acreditar em alguém, elas nem precisam falar, nossa ilusão fala por elas;
Compreendi também, que independente das minhas vontades, eu continuarei acreditando, para mais tarde desacreditar.
E se viver é aprender, e aprender é evoluir...
Creio que já evolui uns quantos anos, apesar de serem poucos.
Isso me basta.
A vida é uma estrada sem destino, nós o fazemos, nós o criamos.
Onde chegaremos?
A um tempo atrás eu saberia.
Hoje eu prefiro não saber.
Viver é bom demais para se prender num simples plano.
Eu vou vivendo, construindo e destruindo meus sonhos,
realizando minhas conquistas,
Chegando em algum lugar...
Mesmo que eu não saiba onde.

sábado, 5 de junho de 2010

Felicidade- Um Novo Conceito

Será que pessoas com padrão de felicidade tradicional são realmente felizes?

Talvez até sejam, mas será que elas conhecem a emoção da aventura?!

Eu já sonhei em ser a namorada perfeita, a amiga prendada, a filha bem sucedida...

Até perceber que este não é um sonho, e sim uma realidade quase que certa;

Sonhar vai além, muito além do que é comum.

Sonhar é querer escrever o que se gosta;

Dormir com a janela aberta e acordar de frente para o mar.

É contar uma história na areia ao entardecer, de preferência que os ouvintes sejam os mesmos sonhadores como eu, e que a história seja a minha...

Meio egoísta não?

Então... é isso mesmo que eu quero. Viver para mim mesma, construir a minha felicidade, e posteriormente, aí sim, colocar pessoas importantes nela.

Não quero ter pessoas para ser feliz, mas quero ser feliz para ter pessoas.

terça-feira, 1 de junho de 2010

O filósofo que não sabia amar

Ele nasceu num dia frio, em pleno verão, isso já é algo que faça com que qualquer um tenha certas dúvidas, mas ele era demais.

Guilherme era bonitinho, apesar de ser só um neném, e foi adquirindo curiosidade com o passar do tempo, o único espanto era que as perguntas eram várias para sua pouca idade. Ele procurava saber o porquê das coisas, e não coisas básicas.

Várias foram as vezes que ele ficou sentado com os olhos fixos na televisão, quem passava nem sabia que ele na verdade tava tentando entender como pessoas cabiam lá dentro. Certa vez levou um choque, ele realmente acreditava que elas entravam pelo fio.

Era engraçado também quando ele ficava admirando a parede atrás da torneira, ele queria saber como a água saia por ali.

Enfim, era um menino curioso, curiosidades bestas, mas o que deixava encucado era que ele tinha seus dois anos nessa época.

Guilherme usava seu tempo para perguntar, era praticamente um rádio-teve, porque que menininho que falava esse.

Era ‘por quê?’ pra lá, ‘por quê?’ pra cá.

Quando fez 10 anos finalmente perguntou a si mesmo o que queria ser quando crescesse, e como resposta resolveu ser filósofo.

Criou uma grande lista, ali ele apontou todas as suas dúvidas e esteve certo de que até o fim de sua vida ele saberia responder a todas elas.

O que era estritamente curioso era que Guilherme parecia não ter sentimentos, nem quando criança, nem quando mais velho.

Ele tratava todos com respeito, sempre bem educado, mas nunca se ouviu ele falar de amor, de carinho, de afeto. Nem mesmo com os pais.

Assim, como último item de sua grande lista ele colocou grande :

- ‘’AMOR?’’

Guilherme sempre teve a curiosidade de conhecer o que era esse amor que tanta gente falava, que tantos diziam sentir, uma vez ele até pensou que o amor era de comer. Outra ainda esteve crente de que era de se passar. Mas nunca conseguiu admitir que era de sentir, porque ele não conseguia sentir amor.

Isso tudo parecia não fazer falta, e foi somente com seus 10 anos, quando uma colega de aula, Marcela, lhe disse: ‘Eu te amo’, que ele realmente ficou preocupado com essa curta palavra e intrigante frase. Afinal o que era o amor?

Para uma criança de dez anos se direcionar a um colega e dizer o que Marcela disse, não receber uma resposta podia ser triste, porém, receber a que ela recebeu foi traumatizante.

- Pois então coma o seu amor – diz Guilherme.

Coitado, ele não sabia amar, nem ao menos conseguia receber o amor.

Marcela ficou indiferente e ao fim do ano mudou de escola.

Guilherme com 17 anos entrou na Faculdade de Filosofia, suas dúvidas eram maiores em todas as proporções, e ele ainda tinha como dúvida maior: a questão do amor.

Viveu uma vida inteira de algazarras, até porque para quem não conhece o sentido de amar, tudo em volta perde o sentido.

Certa vez conheceu uma moça, seus olhos eram lindos e lhe recordavam alguém, mas ele não fez questão de buscar na memória, suas dúvidas implicavam a estudos, e seu corpo nunca foi fonte de pesquisa.

Ela era simpática, certa vez ele lhe disse que ela era bela, porém, Guilherme não sabia amar, nem tampouco seus derivados. Deixou-a partir sem dor na consciência. Por um instante ela parecia ter sumido de sua memória.

Os anos continuaram correndo. Alguns lentamente. Outros de uma forma mais rápida. Ao fim da vida, Guilherme esteve sozinho, ele quase entrou em desespero, conseguiu ir acabando com sua lista feita aos dez anos, contudo, apenas um item ia ficando para trás, esse era o que lhe tirava o sono, afinal, o que era o amor?

Com 95 anos Guilherme escreveu um testamento, mas não tinha para quem deixar, em sua vida ele só conseguiu construir pesquisas, mas nunca grupos de relacionamentos, sua inteligência lhe bastava.

É um tanto irônico admitir que somente quando esteve ao fim de tudo ele foi sentir falta de um ombro ao seu lado, então ele me procurou, me entregou uma folha que era a cópia de seu testamento.

Eu ainda me pergunto como ele me achou aqui, tão distante, depois de tanto tempo.

Eu até me perguntei o porquê de ser eu a pessoa procurada.

Ele chegou, pela primeira vez me olhou nos olhos e sorriu, sorriu com a alma, eu tenho certeza, e foi embora, como sempre fez.

Se ele tinha grandes dúvidas, eu só tinha uma:

‘porque ele era assim?’

Durante anos me fiz essa pergunta, mas nunca tive coragem de pesquisá-la, talvez se eu tivesse perguntado a ele, hoje eu nem estivesse contando esse conto.

Em seu testamento estavam escritos todas as suas descobertas, suas falhas, seus anseios, tudo sobre si e sobre uma vida solitária.

Chegando ao fim eu realmente queria saber por que ele tinha levado a mim seu testamento que atestava a morte, mas que era o único registro de sua vida. Fui até a última linha, lá me deparei com a frase mais linda que alguém já soube escrever, ou que pelo menos meus olhos já leram...

‘Amor? Afinal o que é isso?... Eu já não tenho tempo de descobrir seu significado, só sei dizer que desde que me dissesses que me amava aos dez anos, passei a te amar. Eu não tenho tempo mais de te procurar e te fazer feliz, eu não sei descrever o amor, como eu queria, porém, falhei, eu só posso te dizer... Eu te amo.

À única mulher que amei em toda minha vida, aquela que conheci aos dez anos, reencontrei anos mais tarde e reconheci pelo olhar, mas a qual não tive coragem de amar, de nada adiantou, eu a amei’.

Fim.

PS.: Essa narrativa foi feita para um trabalho de Redação e Expressão Oral em Língua Portuguesa I no Curso de Comunicação Social hab em Jornalismo I semestre 2010.

De tudo que escrevi, eu só queria dizer que...

*Meu medo é que as pessoas descubram o Amor quando já não tiverem mais tempo de fazer as loucuras de um Jovem.