quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013

Um jogo chamado relacionamento



Acho que chega destes amores impossíveis, destes contos de fada com mais de mil páginas que nunca chegam ao the and do filme. Acho que chega destas histórias inacabadas, com beijos que nunca acontecem e com promessas prometidas dentro apenas de um coração. Acho que chega destas noites inquietas, destas crises de ansiedade e de todas as tentativas...
Amor não se pede, não se compra, não se vende... mas acima de tudo, amor não se implora, como criança que pede doce depois do almoço... talvez eu perceba bastante tarde que não adianta sentar atrás da porta.. o interfone não vai tocar; checar a página de mensagens também é inútil, pois elas também não irão chegar. É hora de guardar as barbies no armário, reunidas com seus milhões de mistérios.
Eu andei caminhando atrás de respostas que nunca vêm. O seu sorriso de repente desapareceu, junto com todos aqueles sonhos que um dia me prometeu. Eu acho que eu não sabia que aquela era a hora de eu entrar no jogo, então pedi para ficar entre os reservas e perdi a titularidade. Mas enfim, o segundo tempo está chegando ao final sem prorrogação, de um jogo cheio de faltas e alguns pênaltis mal cobrados. Talvez eu não tenha visto quando a bandeira do impedimento levantou e eu parti para o ataque da mesma maneira... nestas horas, torcer para o mesmo time e entender de futebol também não faz sentido.. você já não olha aquela sua extensa lista de qualidades que apontava com a caneta.
Hoje eu vejo que na vida a gente perde oportunidades por pensar demais, por querer demais, por medo demais. Então a gente fica para trás... sem destino, sem futuro e com um arrependimento que arde na garganta. Nem sempre as escolhas no nosso coração são as mais corretas. Por mais que eu saiba que todos erram, que todos merecem uma segunda chance, às vezes ela não vem. Talvez seja pelo fato de lidarmos com o livre arbítrio...
Então eu pego as minhas chuteiras e penduro atrás do armário. Deixo minha garrafinha com o líquido da esperança no meio da pequena área, de frente para o gol, na marca do pênalti, pois já não tenho mais coragem para chutar a última bola. Desistir também faz parte do campeonato. Talvez esta seja uma das táticas dos mais fracos, dos últimos da tabela, mas enfim, acho que só na primeira rodada eu estive entre os primeiros, então agora me contendo com as derrotas e espero pelo próximo... pelo momento em que eu vou conseguir acertar, sem deixar escapar a chance de ser feliz.
A vida é um jogo com regras, com cartões de advertência e também com determinadas expulsões. Se você foi um dos que caiu fora, vá para o vestiário e repense tudo... ninguém é punido sem um motivo.