quarta-feira, 8 de agosto de 2012

Ah! Desapego...

Nós sentiremos falta daquele beijo na chegada; também daquele abraço em dias mais frios; quem sabe a saudade apareça em meios às lágrimas da lembrança... mas vai passar.

O sorriso começa a aparecer aos poucos e a alegria marca presença em quase todas as conversas. E a tristeza, a tristeza desaparece a cada suspiro, como uma onda que traz pensamentos e leva sentimentos. Vai saber.
Tudo é uma questão de desapego - ou quase isso.
Com o tempo a curiosidade diminui; a ansiedade reduz e os sonhos mudam seus planos; quanto aos desejos, estes interessam-se por outros caminhos mais fáceis ou mais difíceis, mas passam a ser outros.
Aquela bendita música vai tocar no rádio quando você estiver dirigindo e ele (a) passar... e vai dar aquela sensação de "e agora?"... e agora você, por favor, siga em frente. Quem é que nunca mordeu mil vezes o mesmo lugar machucado dentro da boca?! basta estar inchado que a ferida vem... é assim, uma atração desnecessária, mas presente.
Dizer adeus nunca foi fácil, quem é que garantiu que agora isto seria diferente?! não é. Então, por favor, entenda que a vida segue (fácil falar né! pois é, eu sei).
Os corredores hoje parecem mais estreitos, os caminhos mais curtos e a cidade diminuiu mais; mas torço para não encontrar o indesejado em cada esquina. Guardo um passado tão presente - e ao mesmo tempo tão bom - que não quero estragar pensando nas bobagens de agora.
Bom, sei lá, parece meio clichê dizer tudo isso, mas faz parte dos finais - sejam felizes ou tristes - pois o para sempre não existe. Não sei também o motivo de ter que escrever e reescrever e rabiscar qualquer coisa, ouvindo uma música que, honestamente, eu não deveria estar escutando... mas, faz parte. Isso tudo faz parte daquela tentativa cruel de praticar o desapego sem querer perder aquilo de mais importante que foi construído: os bons momentos.

Acho que escrevi tudo isso para dizer que foi tudo muito bom; tudo muito sincero; tudo muito honesto. Mas, passou, como uma chuva esperada, que caiu e fez milagres, mas já estava na hora do sol voltar a brilhar. Esquecer? JAMAIS. Superar? SEMPRE. Continuar sentindo? talvez...