Não sou bonita, sou vaidosa; tenho medo de estar feia.
Não acredito em algumas coisas reais, mas morro de medo que estraguem o meu sonho.
Não quero me desiludir, mas dificilmente fico os com pés no chão.
Morro de rir; morro de chorar.
Sou extremamente intensa.
Não vivo meias verdades, não gosto de falsidade. Não finjo gostar para agradar; transpareço exatamente o que sinto.
Sinto de verdade.
Não sei não sorrir para uma criança, mas sei fazer cara feia para muitos adultos. Mostro insatisfação quando acho necessário. Não consigo disfarçar quando é preciso.
Não é que eu não goste de escuro, eu apenas tenho medo do que pode surgir nele, já que não estou conseguindo ver.
Tenho medo do que meus olhos não enxergam.
Sou fiel.
Gosto de andar de salto alto, de maquiagem, cabelo liso, roupa bonita; mas tenho medo do que existe por trás de tudo isso.
Tenho um grande objetivo na vida, mas sei que possivelmente não conseguirei, então fico tentando me preparar para me recuperar da tristeza.
Sou carente. Sou dependente.
Não sei fazer nada sozinha. Detesto a solidão.
Tenho pavor de domingo.
Amo escrever...
Não gosto que duvidem de mim. Não suporto que gritem comigo.
Não lido bem com as críticas.
Já disse que amava sem amar, não por hipocrisia, mas por imaturidade.
Tento ser perfeita, aí vejo o quão errada sou.
Não sou a melhor namorada, nem a melhor filha, nem a melhor irmã, nem a melhor amiga, nem a melhor funcionária... pq eu não sei me esconder atrás... atrás do que acho errado.
Sou muito, mas muito chata!
Sou irritada.
As vezes eu queria ser como um objeto, que volta para a fabrica quando tem defeito... Eu queria voltar e ser uma pessoa melhor. Queria mudar algumas atitudes... dessas que só querer não adianta.
As vezes eu queria voltar na minha infância para brincar por mais uma hora, depois que já tinham me mandado dormir. Queria ter teimado um pouco mais.
As vezes eu queria voltar nos meus erros e passar uma borracha.
E as vezes eu queria ser um video game, só para resetar sempre que achasse necessário... começar tudo do início, sem os vestígios dos erros, de quando se recomeça.
Eu queria as coisas boas do passado. Queria que as ruins não tivessem me atingido.
Tenho 19 anos. Eu não sou culta. Não sei cozinhar. Não sei dirigir. Não sei nem como agradar.
Eu vou tentando, errando...
Eu queria tantas coisas que não são possíveis, e não dá...
Mas independente das coisas que estão para acontecer ainda... esse é o meu espelho, e eu não posso modificar o que as pessoas na minha volta estão vendo... essa é a Jéssica, e não um quadro, que uma cor a mais da aquarela vai modificar.
adorei o texto
ResponderExcluireu também..eu também..
ResponderExcluirbeeijo