quinta-feira, 24 de junho de 2010
ideal
terça-feira, 22 de junho de 2010
Milhares de tentações...
quinta-feira, 17 de junho de 2010
Abraço...
terça-feira, 15 de junho de 2010
?
quinta-feira, 10 de junho de 2010
Pai
quarta-feira, 9 de junho de 2010
Detalhes
sábado, 5 de junho de 2010
Felicidade- Um Novo Conceito
Será que pessoas com padrão de felicidade tradicional são realmente felizes?
Talvez até sejam, mas será que elas conhecem a emoção da aventura?!
Eu já sonhei em ser a namorada perfeita, a amiga prendada, a filha bem sucedida...
Até perceber que este não é um sonho, e sim uma realidade quase que certa;
Sonhar vai além, muito além do que é comum.
Sonhar é querer escrever o que se gosta;
Dormir com a janela aberta e acordar de frente para o mar.
É contar uma história na areia ao entardecer, de preferência que os ouvintes sejam os mesmos sonhadores como eu, e que a história seja a minha...
Meio egoísta não?
Então... é isso mesmo que eu quero. Viver para mim mesma, construir a minha felicidade, e posteriormente, aí sim, colocar pessoas importantes nela.
Não quero ter pessoas para ser feliz, mas quero ser feliz para ter pessoas.
terça-feira, 1 de junho de 2010
O filósofo que não sabia amar
Ele nasceu num dia frio, em pleno verão, isso já é algo que faça com que qualquer um tenha certas dúvidas, mas ele era demais.
Guilherme era bonitinho, apesar de ser só um neném, e foi adquirindo curiosidade com o passar do tempo, o único espanto era que as perguntas eram várias para sua pouca idade. Ele procurava saber o porquê das coisas, e não coisas básicas.
Várias foram as vezes que ele ficou sentado com os olhos fixos na televisão, quem passava nem sabia que ele na verdade tava tentando entender como pessoas cabiam lá dentro. Certa vez levou um choque, ele realmente acreditava que elas entravam pelo fio.
Era engraçado também quando ele ficava admirando a parede atrás da torneira, ele queria saber como a água saia por ali.
Enfim, era um menino curioso, curiosidades bestas, mas o que deixava encucado era que ele tinha seus dois anos nessa época.
Guilherme usava seu tempo para perguntar, era praticamente um rádio-teve, porque que menininho que falava esse.
Era ‘por quê?’ pra lá, ‘por quê?’ pra cá.
Quando fez 10 anos finalmente perguntou a si mesmo o que queria ser quando crescesse, e como resposta resolveu ser filósofo.
Criou uma grande lista, ali ele apontou todas as suas dúvidas e esteve certo de que até o fim de sua vida ele saberia responder a todas elas.
O que era estritamente curioso era que Guilherme parecia não ter sentimentos, nem quando criança, nem quando mais velho.
Ele tratava todos com respeito, sempre bem educado, mas nunca se ouviu ele falar de amor, de carinho, de afeto. Nem mesmo com os pais.
Assim, como último item de sua grande lista ele colocou grande :
- ‘’AMOR?’’
Guilherme sempre teve a curiosidade de conhecer o que era esse amor que tanta gente falava, que tantos diziam sentir, uma vez ele até pensou que o amor era de comer. Outra ainda esteve crente de que era de se passar. Mas nunca conseguiu admitir que era de sentir, porque ele não conseguia sentir amor.
Isso tudo parecia não fazer falta, e foi somente com seus 10 anos, quando uma colega de aula, Marcela, lhe disse: ‘Eu te amo’, que ele realmente ficou preocupado com essa curta palavra e intrigante frase. Afinal o que era o amor?
Para uma criança de dez anos se direcionar a um colega e dizer o que Marcela disse, não receber uma resposta podia ser triste, porém, receber a que ela recebeu foi traumatizante.
- Pois então coma o seu amor – diz Guilherme.
Coitado, ele não sabia amar, nem ao menos conseguia receber o amor.
Marcela ficou indiferente e ao fim do ano mudou de escola.
Guilherme com 17 anos entrou na Faculdade de Filosofia, suas dúvidas eram maiores em todas as proporções, e ele ainda tinha como dúvida maior: a questão do amor.
Viveu uma vida inteira de algazarras, até porque para quem não conhece o sentido de amar, tudo em volta perde o sentido.
Certa vez conheceu uma moça, seus olhos eram lindos e lhe recordavam alguém, mas ele não fez questão de buscar na memória, suas dúvidas implicavam a estudos, e seu corpo nunca foi fonte de pesquisa.
Ela era simpática, certa vez ele lhe disse que ela era bela, porém, Guilherme não sabia amar, nem tampouco seus derivados. Deixou-a partir sem dor na consciência. Por um instante ela parecia ter sumido de sua memória.
Os anos continuaram correndo. Alguns lentamente. Outros de uma forma mais rápida. Ao fim da vida, Guilherme esteve sozinho, ele quase entrou em desespero, conseguiu ir acabando com sua lista feita aos dez anos, contudo, apenas um item ia ficando para trás, esse era o que lhe tirava o sono, afinal, o que era o amor?
Com 95 anos Guilherme escreveu um testamento, mas não tinha para quem deixar, em sua vida ele só conseguiu construir pesquisas, mas nunca grupos de relacionamentos, sua inteligência lhe bastava.
É um tanto irônico admitir que somente quando esteve ao fim de tudo ele foi sentir falta de um ombro ao seu lado, então ele me procurou, me entregou uma folha que era a cópia de seu testamento.
Eu ainda me pergunto como ele me achou aqui, tão distante, depois de tanto tempo.
Eu até me perguntei o porquê de ser eu a pessoa procurada.
Ele chegou, pela primeira vez me olhou nos olhos e sorriu, sorriu com a alma, eu tenho certeza, e foi embora, como sempre fez.
Se ele tinha grandes dúvidas, eu só tinha uma:
‘porque ele era assim?’
Durante anos me fiz essa pergunta, mas nunca tive coragem de pesquisá-la, talvez se eu tivesse perguntado a ele, hoje eu nem estivesse contando esse conto.
Em seu testamento estavam escritos todas as suas descobertas, suas falhas, seus anseios, tudo sobre si e sobre uma vida solitária.
Chegando ao fim eu realmente queria saber por que ele tinha levado a mim seu testamento que atestava a morte, mas que era o único registro de sua vida. Fui até a última linha, lá me deparei com a frase mais linda que alguém já soube escrever, ou que pelo menos meus olhos já leram...
‘Amor? Afinal o que é isso?... Eu já não tenho tempo de descobrir seu significado, só sei dizer que desde que me dissesses que me amava aos dez anos, passei a te amar. Eu não tenho tempo mais de te procurar e te fazer feliz, eu não sei descrever o amor, como eu queria, porém, falhei, eu só posso te dizer... Eu te amo.
À única mulher que amei em toda minha vida, aquela que conheci aos dez anos, reencontrei anos mais tarde e reconheci pelo olhar, mas a qual não tive coragem de amar, de nada adiantou, eu a amei’.
Fim.
PS.: Essa narrativa foi feita para um trabalho de Redação e Expressão Oral em Língua Portuguesa I no Curso de Comunicação Social hab em Jornalismo I semestre 2010.
De tudo que escrevi, eu só queria dizer que...
*Meu medo é que as pessoas descubram o Amor quando já não tiverem mais tempo de fazer as loucuras de um Jovem.