Sim, ele estava a
trotear. Sei bem o que sente quando se sobe no lombo daquele cavalo...
Na ansiedade de
rumar ao pago, fiquei sentindo o misto que pairava entre o medo e a alegria,
num caminho que ia do trote ao galope.
Ali eu era Anita! Sim, a Garibaldi.
Deixei os cabelos
soltos ao vento fresco, e pelos dedos, sentia puxar o couro do freio.
Era magia, aquela
natureza que não se descreve.
Em meio à ela, vi o céu partir do azul ao vermelho, como uma mancha de sangue ao horizonte.
Em meio à ela, vi o céu partir do azul ao vermelho, como uma mancha de sangue ao horizonte.
Era a linha que
separava o pasto das nuvens.
E num relance, que mal percebi, enxerguei um pingo
brilhante na negritude que estava sob nossa montaria:
Era a primeira
estrela que apontava no alto do céu.
Enfim cheguei, pelas patas cansadas, ao meu destino sem planos:
voltei à casa do
campo,
iluminada pelo escuro e por dois corações que já batiam no mesmo compasso.
iluminada pelo escuro e por dois corações que já batiam no mesmo compasso.
O texto foi criado para uma cadeira da faculdade. A ideia era ter metáforas, comparações e metonímias. Por ter ido para fora e ter andado a cavalo - coisa de nunca - resolvi transformar - ou pelo menos tentar - o sentimento de liberdade e conforto que senti naquele pasto, em cima daquele cavalo.
É uma brincadeira. Uma brincadeira longe da poluição. Fora dos equipamentos elétricos.
Era o pasto, o céu, eu e o cavalo.
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