Sincera e honestamente tenho de admitir que desistir não estava entre as opções de escolha; eu sabia que seria imensamente difícil, mas nunca se sabe o gosto daquilo que ainda não experimentou. Pode ser que seja cedo, não sei, mas hoje vejo através de uma ótica nova, porém amarga...
Bem dizem que quando somos pequenos não enxergamos os problemas; a altura não acompanhou os anos que me trouxeram até aqui, mas a maturidade chegou e já não posso fingir que a infância está presente; é hora de baixar a cabeça e aceitar o que o destino apresentou...
Você vai sempre achar que o seu rumo é outro; que a sua estrada tem menos pedras; que os seus obstáculos serão vencidos na primeira batalha; que as regas, a vitória e a guerra são suas, e somente isso. Mas não é bem assim... para vencer é preciso aprender primeiro a perder, desta forma você nunca vai conseguir humilhar e esta é a maior virtude de um ser humano; mas quando não se admite a perda, tudo fica mais complicado, então comecemos a aceitá-la a partir de agora.
O microfone e a câmera já não são mais os meus objetos de cobiça, e aceitar esta ideia dói demais; arde dentro da alma... é como viver anos e mais anos em uma ilusão destemida... como ter um doce na boca e ver o pirulito sendo arrancado lentamente, para que você sinta com mais intensidade tudo que está passando; eu não sei se estou preparada para aceitar, mas é hora de admitir que desistir é a escolha mais sensata, pelo menos neste instante...
Desistir é um termo pesado. É natural na vida ter que seguir um rumo inesperado até chegar onde se quer. Nem sempre engavetar um plano é feio. Pode até ser conveniente abrí-lo numa outra etapa em que seja possível lidar com a razão e certos tipos de emoção.
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