É.. o verão está
chegando e a farra ta boa... vai dizer, sair sem ter hora para voltar, sentar
com os amigos e abrir aquela gelada, degustar aquele espumante, ou aproveitar a
caipira... Aumentar o volume do som, correr na estrada sem destino, ver a noite
cair em casa e amanhecer na cidade vizinha; cantar, ser cantado... conhecer
gente nova; reconhecer pessoas do passado... reviver, remarcar, reencontrar uma
felicidade ímpar... gritar para que todos possam ouvir e fazer de tudo como se
ninguém pudesse ver...
E então, quando
você pensa que está tudo perfeito, você chega em casa... a cama bagunçada ou
bem estendida, vazia, com um perfume só seu; a televisão é a única voz
diferente no ambiente e a sua companhia também. Você está cansado, o dia foi corrido
e a noite engraçada, mas as costas pesam e quando você deita, aquela massagem
faz falta... então você beijou diversas bocas durante o final de semana, mas a
triste finaleira de domingo alcançou seus pensamentos e agora você não tem
ninguém ao seu lado; tudo bem, ficar só é tão bom... não ter uma voz para
incomodar no meio da noite, não ter quem levar para casa quando o sol clarear,
uma vida sua e só sua... de mais ninguém... mas uma hora cansa...
É aí que você vê
que sente a ausência daquele olhar profundo, daquele carinho na nuca, daquele
suspiro... quando você admite que relacionamento não é prisão; e que prisão é
viver em meio à solidão de seus sentimentos, é não se permitir arriscar,
tentar, inovar...
Afinal, a galera
está por aí, sempre estará... só que momentos passam, as festas terminam, o
verão acaba e você ficou... A essência da felicidade está no quanto você
consegue ser você mesmo com os amigos e ao mesmo tempo permitir-se ser de outro
alguém.
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