quarta-feira, 5 de junho de 2013

Manual


Deixa eu te contar uma coisa sobre mim. Bom, além de saber que tenho 21 anos, faço aniversário em 16 de março, sou do signo de peixes e curso jornalismo, há algumas coisas que estão na testa e outras que eu talvez não tenha explicado. Quero evitar desencontros, desentendimentos, e até aquela frase, quando só lágrimas estiverem gritando, "eu te avisei".

- Não me peça para não criar expectativas. Eu juro que estou procurando até hoje onde está a porcaria da tecla que desconecta o plug de encantamento. Acho que se eu já soubesse, muitas expectativas teriam deixado de existir, e, com certeza, meus joelhos teriam menos cicatrizes, mas, por enquanto, eu ainda não descobri.
- Quando eu gosto, eu amo. Eu tenho a péssima mania de me apaixonar. Me apaixono pelos amigos, pelo ambiente de trabalho, por uma música, pela família e, é claro, pelos carinhas. Geralmente aquele que não me deu muita moral, que me desafiou, que fez com que eu tentasse provar para mim mesma que eu posso conseguir.
- Aí entramos em um ponto bastante delicado. Comigo é 8 ou 8 mil. Se eu não gostar de cara, eu vou enjoar, te bloquear e corro o risco de mudar de calçada. O motivo? não sei. Parece até meio doentio, mas se eu enjoo até náuseas eu tenho. Engraçado? não, não. É triste mesmo. Mas, se eu to me importando que você está lendo, com toda certeza o seu perfil não está na minha lista negra.
- Eu amo escrever. Não me cobre respostas rápidas, ou espere que eu vá fazer uma linda declaração baseada no meu tom de voz. Não é falsidade, mas tudo que Deus economizou na hora de me dar o dom da palavra oral, ele passou para o dom da escrita. Se quer saber como me sinto, o que penso e, principalmente, o que quero, espero que goste de ler.
- Já me apaixonei um milhão de vezes. Tá, não foram tantas assim, mas foram muitas. Até hoje não lembro de ter ficado um período de tempo sem gostar de ninguém e isso inclui até a minha infância. Já gostei de mais de um ao mesmo tempo e, acredite, isso é possível, triste e desconfortante ao mesmo tempo. Mas, pelo menos, você tem a possibilidade de escolher com qual as chances de quebrar a cara são menores.
- Pode parecer bla bla bla, ou que estou pedindo confete, mas eu não gosto do meu corpo. Já fui mais gorda, mais magra e sempre achei feio. Luto para mudar isso, por isso, quando eu comentar algo do tipo, não use o sarcasmo - problemas não devem ser tratados com preconceito.
- Eu não estou solteira por opção. Eu apenas não encontrei alguém para exercitar a reciprocidade. Ou melhor, dentro de todas as circunstâncias que envolvem um relacionamento, ainda não conseguimos acertar todas as respostas e vencer a prova para passar para o namoro. Confesso que uma última experiência foi o que eu chamei de 'quase lá', mas o jogo ainda está rolando.
- Sou muito ansiosa. Mas tipo, muito mesmo. Tanto quanto curiosa. Gosto de surpresas, desde que não me deixe saber que haverá uma. Engordo facilmente por me atacar dos nervos e, com isso, também fico doente pois minha imunidade baixa.
- Vou ser a mais carinhosa, a mais companheira, a mais presente, a mais simpática, a mais engraçada. Vou ser a nora que sua mãe pediu a Deus, a cunhada que sua irmã sonhou em ter como melhor amiga, a pessoa que o seu pai pensava que estava faltando na sua vida para ajudar a por um pouco de juízo na sua cabeça, a neta querida dos avós e a amiga divertida do seu círculo de amizades. Basta que, para isso, você resolva apostar em mim.
- Eu não me importo com distâncias, não ligo para o que as más línguas falam de você. Eu acredito profundamente em fidelidade, pois antes disso eu sou crente que existe lealdade.
- Tenho medo de altura, de brinquedos muito aventureiros, da morte, de andar à noite apé. Já fui assaltada, já apanhei de marginal, tenho pânico e tenho crises quando alguém resolve me testar, pois não é brincadeira.
- Gosto de tomar chimarrão em qualquer hora do dia, de andar de mãos dadas, de abraçar em um momento inesperado. Gosto de ver filme, de comer guloseimas ou de ouvir música. Mas, principalmente, gosto de me fazer presente quando todas as outras pessoas nem perceberam que você precisa de ajuda. Gosto de ser útil, de carregar sacolas de mercado, de pegar o seu casaco  - se você esqueceu e está frio. Gosto de ser uma companhia agradável, pois terás de mim aquilo que me deres em troca - e quem não curte ter o melhor?!
- Comida? Bah! Complicadíssimo. Não gosto de cebola - nem do cheiro. Se cortar a cebola e usar a mesma faca para cortar o tomate eu vou sentir o gosto. Carne só se não tiver gordura e for bem passada. Minha comida favorita é lasanha, mas também sou apaixonada por tudo que possui queijo.
- Amo crianças, estou por ganhar uma irmã, então, prepare-se para aprender a gostar também.
- Sabe aquele ditado que diz que quanto mais pequeno é o cão, mais invocado ele é? COM TODA CERTEZA isso serve pra mim. Dentro dos meus um metro e cinquenta e quatro centímetros de altura, carrego uma fúria inigualável. Para me tirar do sério é difícil, mas para me deixar magoada, triste, bastam algumas críticas. Choro com facilidade, quase um rio por minuto. Sou emotiva.
- Uso all star, nike shox e salto fino = sou de todos os estilos, basta ver qual a ocasião.
- Sou parceira para viajar, para acampar. Não tenho frescuras, o lema é se divertir sempre. Se eu tiver que carregar um botijão de gás ou empurrar um carro na lama, aqui estou, mas se você me apresentar uma aranha, morre a mulher, tenho aracnofobia.
- Eu posso ser mágica, palhaça, ou um leão. Você só tem que sentar na arquibancada e escolher o que de mim você precisa. No fundo as mulheres funcionam da mesma forma, mas eu gosto assim, de falar na cara, sem enrolar. Já 'sofri' demais por esperar por histórias que nunca passaram de promessas. Se quer apostar, eu to pronta para o jogo. Agora, do contrário, pode levar o time para o vestuário que o segundo tempo já acabou.

Nenhum comentário:

Postar um comentário