quarta-feira, 4 de setembro de 2013

Solitário

Talvez seja um bocado de saudade; um pedaço de ausência; um pouco de solidão; um não sei o que de posse. Ou talvez seja simplesmente paixão.
Eu não falo de mim; eu não falo em ti; e nem ao menos em nós. Eu falo de um mundo que está aí fora. Eu comento a falta de reciprocidade. Eu lamento as lágrimas desnecessárias que rolam pelas faces alheias.
Estamos sempre com a mala pronta para ir embora; é nosso instinto. É nossa rota, faz parte da nossa vida. A diferença está em quem encontramos, em quem nos faz ter vontade de largar os anseios; a diferença está quando encontramos alguém que nos faça ficar. Ficar por mais tempo, ou para sempre, ou até depois que o Sol cair no adormecer do horizonte.

Talvez seja algo que não tem nome, que não tem explicação, que não encontra numerais, mas que também dispensa letreiro. Talvez seja algo anormal, um fato desigual, a mescla entre o riso e o choro. Talvez seja um pingo de loucura, um rastro de ternura, um sinônimo de tudo aquilo que te faz feliz.

Ou talvez seja simplesmente o tempo: que te faz cair, que te faz querer, que te faz ser o super herói que imaginava aos 5 anos de idade. Talvez só estejamos fugindo daquilo que sonhamos, perdendo nossos desejos e instalando um pouco mais de medo.
Talvez só falte coragem. Talvez seja a falta de um brilho que só reconhecemos no olhar.

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