Não me julgue pelas minhas roupas, nem pelo carro que me carrega (pois eu não tenho nenhum para chamar de meu – o que existe é o do meu pai). Não me julgue pelo meu cabelo, maquiagem ou unhas. Nem pelo meu sapato, pela minha bolsa, pelo meu perfume ou pela minha casa (posso chamar de minha até que eu saia dela, pois em verdade ela é minha por enquanto, no tempo em que eu ainda precisar de apoio familiar, depois disso, minha cabeça será meu teto). Não me julgue pelo que acha que preciso, nem pelo que deseja me oferecer. Não me julgue pelo que os outros dizem (ou você gosta da imagem que os invejosos contam de você?!). Não me julgue pela primeira, segunda ou terceira cara; nem pela quarta ou quinta, simplesmente não me julgue pela aparência. Não me julgue pelo local que trabalho, pela faculdade que faço, nem pelo poder aquisitivo do meu pai. Não me julgue por meus pais, nem por meu irmão, avós, tios, ou sei lá mais quem você conhece ou viu passar ao meu lado. Não me julgue pelos meus amigos, nem pelas conversas distantes que você ouvir. Não me julgue pelo que você sente, nem pelo que você vê, nem pelo que você toca, nem pelo que você cheira, nem pelo que você ouve por um curto prazo de tempo, pois ele é o maior e melhor contador de verdades. Ele lhe mostrará tudo que é verdadeiro, bem como aquilo que é falso. Não acredite no que uma, duas, três, quatro pessoas lhe disserem, sempre desconfie, mentiras e fofocas andam quase que na velocidade da luz, porém, em cada lugar que pousam aparentam algo diferente.
Apenas me ouça atentamente, me observe, chegue perto. Prometo não morder, nem gritar ou lhe assustar. Pague com sua curiosidade para ver. Não me julgue por aquilo que você considera suficiente, geralmente quem desconfia nunca analisa tudo que é preciso, se precipita e julga da maneira que até então entendeu. Fique ao meu lado e preste toda a atenção possível aos meus gestos...
Analise o que me deixa em suspiros; o que me causa medo; o que realmente me deixa feliz; o que me entristece; o que me emociona; o que me causa raiva; o que me irrita. Analise o que eu falo de mim, da minha família, dos meus estudos, da minha vida. Analise o que eu falo sobre e para você; o que eu desejo de verdade; o que eu quero longe de mim; o que eu gosto de comer; que lugares eu gosto de freqüentar. Analise todos os meus diversos sorrisos; meus olhares; Analise a minha expressão ao enfrentar o seu.
Me conheça, me compreenda, me encante; se deixe conhecer, ser compreendido e encantado. Para que você possa então me julgar, não pelo que acha certo ou errado, mas pelo que você concorda ou discorda do meu modo de ver e sentir a vida.
Ninguem tem o direito de nos julgar, apenas podem nos emprestar os olhos qdo nos tornamos cegos diante as adversidades que a vida coloca em nosso caminho. Mas bendito aquele que encontra pessoas que são capazes de nos olhar não atraves de nossa precariedade mas sim nos ajudar a lapidar a pedra presciosa que existe em nosso coração.
ResponderExcluirAdorei o texto!!!!