Esporte, Inclusão e Solidariedade
O
esporte é uma maneira de interagir, de incluir, de ocupar o tempo com saúde. Um
deles, que já sofreu muita discriminação, é o skate. Quando pensamos no
percurso percorrido por ele, fica um contraste entre a prática dos skatistas e
a solidariedade. Enganam-se aqueles que pensam que existe uma longa barreira!
Lélio
Nunes Lopes Filho, 26 anos, estudante de Direito, é o Coordenador Municipal da
Juventude e organizador de eventos de skate na Região Sul. Lélinho, como é
conhecido pela maioria, é também um jovem solidário. Na coordenadoria desde
2009, tem a oportunidade de conhecer a realidade dos jovens da Rainha da
Fronteira e usar o seu papel em benefício dos mesmos. Essa atitude requer
bastante comprometimento, pois crianças e adolescentes são alvos fáceis para o
mundo das drogas. “Elaboramos projetos que
trabalhem com as diversas interfaces da Juventude, sejam elas no Combate às
Drogas, Prevenção à Violência, Esporte, Conferência de Juventude, Lazer e Cultura,
além dos trabalhos desenvolvidos com as demais secretarias, traçados em meios
comunitários e Estudantis”, relata Lélio.
É
com foco na Responsabilidade Social, no Esporte, na Solidariedade e nos jovens
que começamos a história de hoje. Ela é motivadora e servirá de aprendizado,
tanto para aqueles que exercem o preconceito que ainda assola os skatistas,
quanto pela atitude que estes esportistas estão tendo com a sociedade.
Atualmente
o skate conquistou o ranking e ocupa o segundo lugar no mundo, perdendo apenas
para o futebol. Com isso, são mais de quatro milhões de brasileiros andando de
skate. Em Bagé, este número já chega a 500. Hoje em dia ele é tão aceito, que é
possível comprovar a sua credibilidade nas telas da televisão, pois a prática
aparece em telenovelas, propagandas e programas esportivos. Porém, o sucesso
não fica apenas no público que o conquistou, pois os responsáveis pela
organização de campeonatos em Bagé preocupam-se também com as instituições.
Em
Bagé, a Associação Bageense de Skate (ABSKT), além de realizar campeonatos e
circuitos de skate na Região, participa do Dia Nacional da Ação Voluntária,
momento em que os atletas têm a oportunidade de mostrar o seu trabalho para a
comunidade. Nestas circunstâncias, sempre são arrecadados alimentos não
perecíveis. Outro movimento é o “Skatismo”, isto é, o desfile dos skatistas no
dia 7 de Setembro. Junto às escolas, o grupo levanta a bandeira contra as
drogas e à discriminação do esporte.
A
exibição do filme de skatistas “A evolução” garantiu a arrecadação de 200 kg de
alimentos não perecíveis e uma visita na
última segunda-feira, 21, na
Associação dos Pais e Amigos dos Excepcionais (APAE).
“A APAE foi escolhida pelo grupo de colaboradores por
ser um local de pessoas que, por muitas vezes não representarem um mercado de
consumidores, poderiam não desenvolver atividades como esta. Porém, nós
skatistas, vemos eles como pessoas que têm o direito conhecer tudo na vida, desta
forma eles podem se identificar com o nosso esporte”, conta Lélinho. Além
da entrega dos gêneros alimentícios, os jovens interagiram com os assistidos da
instituição, fazendo demonstrações de manobras e apresentação com os convidados
locais.
Dentre
tantos sentimentos de estar fazendo algo em prol do próximo, fica de recompensa
a alegria que é conquistada. “É Muito
gratificante! Só de saber que eles conhecem um skate, e que se identificam com
o mesmo, já ganhamos o dia, pois o carinho e a alegria que proporcionamos a
eles, só quem esteve presente para poder descrever o que isto representa.
Eles são diferenciados”, reflete o Coordenador.
Lélinho
conta que os seus trabalhos voluntários começaram em 2005, quando iniciou os
seus pequenos projetos. Sempre teve como objetivo o slogan ‘fazer o bem não
importa a quem’. “Quando você faz um trabalho com uma criança e o pagamento por
este esforço é um sorriso ou um simples gesto, qualquer ser humano que se identifica
vai querer continuar fazendo mais e melhores. Todos os anos eu realizo a Festa
de Dia das Crianças e a Festa de Natal, sempre em bairros diferentes de nossa
cidade. São centenas de brinquedos, brincadeiras, atrações que conquistam este
público infantil, e isso não tem preço”, concluiu.
Fica o recado do coordenador:
Hoje
em Bagé temos uma Pista de Skate, localizada na Rua Melanie Grannier, próximo à
Fundação Bradesco. Ela atende centenas de jovens semanalmente através do seu
espaço público e também das Oficinas de Skate com um instrutor. O público são
crianças e adolescentes entre 05 e 17 anos, meninos e meninas que estudem e que
tenham notas acima e frequência acima da média. As aulas são gratuitas e o
espaço tem ronda 24h.
Olha a
Esperança...
Um movimento pode conquistar um sorriso...
Uma atitude pode mudar uma realidade... Um esporte pode devolver a vida! Estes
atletas uniram saúde, inclusão e solidariedade numa só campanha. Ao escolher a
APAE, os jovens tiveram a oportunidade de oferecer carinho para aqueles que
tanto merecem. Esta oportunidade transmite o quanto é importante pensar no
próximo...
Como é
bom ser uma pessoa solidária!
Fala, Jéssica. Parabéns pelo texto e teu trabalho. Fico feliz por ver jovens como a gente interessados em praticar bom jornalismo e com este cunho social, que tu empregas muito bem. Por sorte tive a chance de parabenizá-la pessoalmente. Segue assim, faz tua parte, não espera pelos outros e teus objetivos vão ser alcançados. Embora tua meta de escrever bem já tenha sido alcançada. Fica com Deus.
ResponderExcluirRenan Silva
Eai, Renan! Fico nada menos que lisonjeada com as tuas palavras. Quando temos uma meta, todos aqueles 'empurrões' que recebemos são respostas positivas para aquilo que esperamos. Por isso te agradeço de coração por esta colaboração que tu está fazendo, pois quando alguém do ramo lê o meu trabalho e o elogia, mais força tenho para seguir em frente. O trabalho de vocês é incrível, a luta pelo site, a maneira como vocês abordam o esporte. É de pessoas assim que o mercado precisa, que o jornalismo necessita. Te desejo muita sorte, pois o talento tu já possui.
ResponderExcluirJéssica.