terça-feira, 5 de março de 2013

Ahh, dói!

Dói quando se perde um pedaço, quando já não sabe as horas, tampouco o horário que ele acordou. Dói quando você não possui mais planos, já perdeu as contas e até a esperança. Dói quando o sorriso não é mais seu, quando você deixa de ser o primeiro a dar bom dia, ou quando o seu nome deixou de existir na agenda.
Dói quando o carro passa sozinho, e mais ainda quando a companhia não é você. Dói quando o passado é enterrado, quando as lágrimas passam a ser sua companheira noturna. Dói quando você deixa de descobrir através do olhar que até então era inspirador, ou quando você simplesmente passa a viver em uma realidade despida de sonhos e fantasias.
Dói quando a mão já não é sua, o coração já não acelera, as velas já não acendem. Dói quando as propostas acabam, quando o desejo se desfaz, quando a imensidão passa a ser um lago criado pela chuva do verão passado.  Dói quando o telefone não toca, ou quando você não tem retorno.

Pois é... dói a dor de perder, de querer, de sentir sozinho. Dói ter ciúmes do que não é seu, do que nunca foi. Dói engasgar, ter ainda tanto a dizer e tempo algum. Dói ficar perdido por aí, como uma estátua que no meio da praça aos poucos é esquecida.
Talvez você saiba a dor de cada uma destas perdas, mas a maior delas é saber que o erro começou quando você disse "não sei"...

- Deixe de pensar 'e se', pois é muito pior quando o pensamento passa para "podia ter..."...

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