Eu comecei a acreditar que realmente possuímos mais fases que a lua, ou que somos bipolar, como um amigo costuma dizer. Acordamos rindo, graciosas e logo mais uma carranca se estabiliza no lugar do sorriso. Às vezes parece que dormimos a semana inteira com os pés destapados; às vezes parece que amanhecemos ao lado do príncipe encantado.
Amor e ódio quase na mesma proporção. Uma hora quero, na outra penso, e depois já nem cogito a possibilidade. Como em um círculo vicioso traçamos as voltas, delineamos o destino e nos decepcionamos com escolhas próprias. Têm dias que o avião voa para espiar o futuro, em outros, retornamos ao passado para reviver histórias que já deveriam ter sido apagadas.
Acho que é por isso que não nos entendemos, não se preocupe se você não consegue fazer o mesmo. É normal. Ninguém consegue. Garanto que construímos planos e ao final do dia já pensamos em ir embora da cidade - assim como já retornamos umas quinhentas vezes da praia, do campo e das estrelas. Por mais que eu fuja das respostas, no fundo eu sei que é medo.
É medo de apostar. Medo de seguir adiante. Medo de deixar na lembrança aquilo que um dia nos fez tão feliz. Medo de aceitar que o mundo gira, que as possibilidades passam e que as escolhas são fatais em determinados momentos. Medo de aceitar o novo, de recuperar o perdido. Medo de acreditar no não e ter que dizer sim.
No fundo somos todas mulheres de fases, pois ainda estamos nos acostumando a lidar com as milhares de situações impostas pelas dúvidas, não nossas, mas daqueles por quem nosso coração bate mais forte.
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