Confesso que ando meio afastada das palavras. Elas parecem ondas que me entorpecem por um determinado tempo, e depois voltam para os seus destinos sem rumo.
Elas são feitiços positivos, que embalam o sono das crianças e a esperança dos idosos. Trazem o passado para os adultos.
Talvez este anseio por novas histórias, faz com que a escrita fique perdida, por um lugar qualquer, uma parte oculta desses pensamentos.
Mas é preciso falar. Contar as estrelas que enchem este céu azul de 2012. Respirar esse ar que renova a liberdade de sonhar. Sentir o sol e a chuva, e permitir que estes nos purifiquem.
Por alguma razão, não sei bem o que dizer. Nestas horas as frases ficam um tanto bagunçadas, e se ausentam os termos mais adequados.
Eu deveria desejar sucesso para todos os leitores, mas isso seria tolice, tendo em vista que todos os seus conhecidos assim já o fizeram.
Temo que algum dia não sejam apenas estes termos que se perdem num momento banal que façam falta, mas o sentimento por dizer algo sem pensar; sem nem mesmo perceber.
Esse dom que eu nem sei quando começou, talvez tenha até data para terminar. Mas essa eu realmente prefiro deixar oculta, nas surpresas do futuro.
Porém, é preciso, para uma pré-autora, rabiscar um voto qualquer, mesmo que já conhecido.
Portanto, desejo algo que todos precisam ter, a maioria quer, alguns tentam e pouquíssimos conseguem ter: Paciência!
Sim, se estás procurando um caminho para tracejar o seu sucesso, que este seja trilhado pela paciência. É dela que advém todos os mistérios que cercam a alegria, a misericórdia, o perdão, o amor, a saúde, e até mesmo o tão desejado sucesso.
Enquanto nossa alma preocupa-se com tantas outras coisas, nosso peito embebeda-se de angústia. E só então somos capazes de compreender que a maior dificuldade para vencer as barreiras da vida, é a ausência dessa brisa fina que corre junto ao sangue do nosso coração.
Se tens vontade de sorrir, sorria. Mas se tens vontade de esbravejar, pense uma, duas, trinta vezes antes, pois mais vale perder o tempo olhando para o nada, do que ficar o triplo do tempo se arrependendo pela falta de paciência.
Talvez ficar falando esse tipo de coisa não seja algo muito convincente. Afinal, não sei se eu teria essa quietude numa fila de ônibus, com dezenas de pessoas se empurrando, furando, fumando, e atormentando a via pública. Ou quem sabe, em outra hipótese mais juvenil, passar por uma situação em que uma garota com um salto 15cm fino, pisando o meu pé de rasteirinha, e um cara esbarrar em outro e derramar um litro de cerveja no meu vestido branco novo. Sim, pensando assim fica difícil imaginar a reação adequada para o momento, pois eu em 99% dos casos, poderia não dizer nada, mas sairia furiosa.
Agora pensemos: Em quem estaria doendo todas as circunstâncias de incomodação? Em mim, é claro. Porém, além de ser - indiretamente - 'maltratada' pelos alheios, eu estaria me punindo com toda raiva acumulada. E acreditem, colocar para fora só adianta em 0,1%, pois ao ver que o outro nem deu bola, aí sim é que a vontade de passar por cima se aprochega.
Só que se analisarmos bem essas situações, o melhor é respirar o mais fundo que puder, desviar o pensamento e ter paciência!
Tudo na vida passa. Infelizmente os momentos bons também, mas tenham a absoluta certeza de que os ruins são mais rápidos ainda.
Eu desejo aos meus leitores e amigos, um 2012 repleto de PACIÊNCIA.
Dê um presente para a sua vida: seja paciente.
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