quarta-feira, 30 de outubro de 2013

Ela

Ela só precisava aceitar que nem tudo era como os contos diziam. Que os livros eram mais longos que as histórias de amor da vida real, e que por mais que virasse lentamente as páginas da sua história, o dia de amanhã nunca seria algo previsível como na dramaturgia.
Ela não entendia que promessas poderiam ser falsas; que paixões aconteciam e morriam na mesma intensidade. Que sua beleza ou inteligência não seriam capazes de prender nenhum roteiro e que o mundo continuaria no mesmo fluxo, mesmo que ela precisasse descer e digerir algumas verdades.
Ela sabe que nenhum carinho em foi em vão; que nenhuma palavra foi ao vento; que nenhum beijo foi fictício. Mas ainda assim era preciso compreender que romances acabam, em sua grande maioria, antes mesmo de começar.

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