terça-feira, 17 de junho de 2014


Sabotagem

É como entrar na guerra querendo perder. Apontar a arma para os próprios pés e apertar o gatilho, como quem mira no inimigo. De repente, depois de tantos tombos, passamos a acreditar que, se algo está dando certo, é por que algo de errado tem.
Viramos vítimas de nosso próprio desatino. Vai ver estamos tão cansados, que sentar e esperar o tempo passar seja a alternativa mais inteligente (sim, já estamos burros de tristeza). Aí, quando tudo pode começar a dar certo, criamos empecilhos, barreiras, buracos, rótulas, rótulos e mais um milhão de maneiras de sair fora.
O coração já não sabe mais ter sossego. Se a gente começa a sorrir, logo aponta, no cantinho da alma, o medo para apagar a ruga da covinha, e transforma-la em preocupação no meio da testa.

Por mais de ti

Por mais dias perto de ti. Por mais dias com teu beijo. Por mais dias com teu abraço. Por mais dias onde teu sorriso me completa e onde teus braços são a continuação do meu corpo. Por mais dias onde tua voz me entorpece e me aquece. Por mais dias onde a saudade seja combustível, e a ausência uma falha irreparável da angústia. Por mais dias onde a fé se apresenta também em teu nome, e nas lembranças que cultuam nossos dias perto dEle. Por mais dias onde minhas verdades passam a ter sentido depois que as divido contigo, e que meus dias só terminam depois do teu boa noite. Por mais dias como os nossos dias, cheios de alegria e de lágrimas que por vezes rolam de uma emoção chamada felicidade. Por mais dias onde o reconhecimento seja verdadeiro, advindo de um companheirismo jamais visto. Cheio de perfume, sobretudo, de cheiro. Por mais dias de ti, de mim, de nós. POr mais treze, por mais luas, por mais noites que adentram a madrugada e afogam o berço da sanidade, só para que o relógio pare no meio do beijo e que segundos transformem-se em horas lentas e desavisadas para quem nasceu para ser feliz. Por mais dias assim, cheios de carinho que encosta com o olhar e que afaga com as batidas do coração, levados por dedos gelados do frio e trêmulos de paixão. Por mais dias. Por mais meses. Por mais anos. Por mais vidas. Por mais nós.

Recomeçar

Na vida, vamos encontrar mil e uma maneiras de recomeçar. Sei que às vezes dá vontade de voltar ao início e reiniciar o jogo, mas aí a gente lembra que é impossível começar do zero. Que não há chances de deletar o passado; tampouco as noites que perdemos o sono para refazer expectativas de sonhos já despedaçados.
É como dedilhar no papel branco, palavras que não encontram sentido (nem forma). Uma saudade do que não existiu e um arrependimento do que não aconteceu. É o misto entre angustia e perda de tempo. Um monopólio da consciência que por vezes grita amém, noutras, socorro.
Sei lá. Acho que fui capaz de me doar tanto por uns, que faltou energia pra fazer por outros. Tem gente que dá tristeza de ter doado sorrisos tortos, enquanto deixei de mostrar o semblante faceiro para quem realmente merecia.
E nesse jogo sem regras (e ao mesmo tempo cheio delas), me pego descontente por ter me decepcionado com quem parecia ser útil. Aí a gente percebe que útil éramos nós, quando precisados.
Há! Mas não te abala, coração.
Há tanto mar à mergulhar. Tanta chuva para beber e tanta poeria para baixar, que nem vale a pena perder as estribeiras da alma por um descontentamento nada contente, que deixa o amargo na ponta da língua, rastejando sua inutilidade até a porta do pensamento.
E se a saudade falasse, bem que ela usaria de uns belos palavrões, só para desesperadamente dizer que muito disse, para quem nem ouvidos deu.
Aaaaah, santa sanidade que me coloca de novo no lugar. E que me mata de orgulho (e que me tira desse orgulho). E que tanto me joga ao chão (e me levanta, de novo).
É que esse mundo anda sujo mesmo. Anda com pedregulhos e mais um quê de não sei o que. Uma confusão que já não se discute e um gritedo desesperançoso.
Por mais honestidade. Por menos vou-te-precisar-e-te-deixar-depois.
E para quem chegou até aqui (a minoria dos que leram), eis que não me encontro enamorada pela pessoa errada (gracias, Dios). Eu falo mesmo é de amizade (ou melhor, da ausência dela). Do amigo que fica de procurar e esquece. Não do telefonema, mas de aparecer na lancheria no dia chuvoso para te dar parabéns pelos dois patinhos na lagoa. Ou daquele que tanto diz ter saudade, mas que mesmo sabendo teu endereço (e teus horários), não aparece. Aqueles que sabem teu número decoradíssimo quando o favor pinta na ponta da mente, mas que esquecem o celular, ou perdem a bateria. Eu me refiro às milhares de pessoas que te ressuscitam em períodos festivos, mas que não ousam apertar na opção curtir quando observam a tua conquista (nem na rede social).
Ééééé... é desses que o mundo tá cheio. Cheio de ratinhos de experimentos. Aqueles que tu faz o teste, e que roda umas mil vezes (porque tu segue tentando aprovar o que já nasceu com teste zero).
Felizes os que têm o coração limpo. Os que não se identificam. Os que dormem tranquilos.
Sabe, ao final desse monólogo, creio que me resta apenas o de sempre: Muitas letras, tantos pensamentos, e uma única verdade: quanto mais eu conheço os seres humanos, mais eu me pergunto o porquê dos cachorros não falarem (tem gente que não merece os sentidos vitais).
Há dias que essa inquietação faz mais barulho do que a necessidade de sair do silêncio. A alma cala, o coração aperta, e os lábios respiram uma verdade que não se desperta.
Há dias que a chuva bate na janela, mas que o vento não alcança o sopro da ansiedade. O medo que fala por si. A resposta que não satisfaz nenhuma pergunta.
Há dias que o frio bate. Que o calor congela. Que não há o que dizer. Se fechar os olhos, cai.
Quando só tiver escuridão, acenda uma vela. Nenhum escuro é grande o suficiente para combater o poder de uma pequena luz.
Eu não passei a borracha; arranquei as folhas. E se eu olhar para trás, elas não estão mais lá. Vai ver é por isso que não há do que lembrar, nem saudade dá.

Meio termo

Porque sempre me faltou um meio termo. Aquelas curvas desnecessárias no meio do caminho, onde eu precisava diminuir a velocidade. Eis que nelas entrei como se andasse em linha reta, com medo, confesso. Não que eu seja uma boa condutora, mas é que nunca aprendi a ser metade de nada que me causa emoção. Eu sempre fui tensa, intensa, em busca de uma recompensa chamada felicidade.
Não é tarde para abrir os lábios e sorrir. Tampouco eu usei de menos fé quando precisei chorar. Meu coração acelera e desacelera no mesmo compasso. Pesos e medidas de um oito ou oitenta indecisos e constantes. A vontade de pisar mais fundo nem sempre acompanha as regras que mandam cuidar as placas gritando cuidado. Talvez essa teimosia faça parte de um dicionário onde não existe significado para desistência.
E por mais que por determinadas vezes eu tenha batido com a cara na porta (ou com a porta na cara), eu sempre acabo no ponto de partida, e confundo as chegadas. Vai ver é porque nunca sei quando uma história termina, por já ter começado outro livro. Eu gosto de estar sempre sentindo algo. Paredes brancas só me encantam se eu tiver penduricalhos para decorar.
E nessa magia, o que mais me fascina é conseguir reconstruir a cada manhã, sentimentos perdidos depois que a lua é coberta pelas nuvens carregadas de chuva. Porque o importante não são as rótulas, mas o redescobrir caminhos.
Não deixe que pequenas coisas abalem grandes sentimentos...

Tempestades de verão não invadem corações já ocupados.
Quando bater em um que já tem gente, dê adeus e se vá. A despedida na chegada dói menos do que depois do terceiro cafezinho.

Original publicado na página do Facebook, em 21/04/2014.
É que quando a gente começa a acreditar na escuridão, Deus sempre nos dá uma vela. Tá na gente aprender a acender.

Original publicado na página do Facebook, em 14/04/2014.


Original publicado na página do Facebook, em 14/04/2014.

Calça jeans

Às vezes dá vontade de vestir o jeans rasgado e jogar aquela camiseta cortada meio torta na gola, deixando aparecer os passarinhos que me marcam a linha superior das costas; de calçar o all star da Coca-Cola e deixar o rabo de cavalo mais para o lado, assim como a bolsa que atravessa o corpo com uma dúzia de bugigangas.
Às vezes subo no salto, fino, de bico, perfeitamente casado com a flare, que está revestida de uma camisa alinhada, e cabelos escorridos. Um pingente que reluz abaixo no queixo e os olhos bem marcados de preto e rímel. Até o tac tac do salto me faz sorrir.
Mas, a boca sempre é rosa, mesmo que às vezes me deixe vencer pelo encarnado. É que essa alma de menina que reflete no espelho nunca sai de cena. Nem quando o calendário aponta 16 de março.
Entre versos e poesias, a composição do meu humor se desfaz dos conselhos do sol ou do cinza. Acho que é normal essa bipolaridade. Pelo menos essa deveria ser.
Afinal, que mulher não é?!


Original publicado na página do Facebook, em 08/03/2014.

8 de maio

Mulher, mulheres, elas!
Parabéns pelo nosso dia. Pelo nosso oito de março. Pelo sorriso que sabemos dar com a alma. Pelo brilho que só nós sabemos como carregar no olhar. Pelas lágrimas que seguramos, e pelos abraços apertados onde saciamos a saudade.
Parabéns para todas nós, guerreiras de salto alto!

Original publicado na página do Facebook, em 08/03/2014.

Gente leve

Gente que acorda rindo. Que fica livre, leve e completamente solta. Gente que abstrai dos problemas e que faz da chuva uma excelente máquina do tempo para voltar à infância.
Eu gosto mesmo é de gente assim. De riso solto. Sem frescura. Sem medo de estragar a chapinha, ou de deixar a maquiagem escorrer pelo rosto.
Eu gosto mesmo é de gente que abraça o mundo. Que começa a semana esperando pelo Carnaval. Que agradece de olhos fechados. Que tem amigos. Muitos amigos. Que engrandece a alma de quem precisa.
Por mais gente como a gente. Assim a gente fica feliz e o resto do mundo, também!

Original publicado na página do Facebook, em 24/02/2014.

segunda-feira, 16 de junho de 2014

O mundo cresceu

E aí tu percebe que o mundo andou. Aquela menina que batia na porta do teu quarto para pedir a boneca – que já estava encerrada no armário – cresceu. Que o rapaz que chupava bico, hoje chuta bola. Que a frase ‘quando eu crescer’, virou ‘como queria voltar à infância’. E aí tu percebe que os segundos passam mais devagar durante a semana, pois não são apenas as aulas que te fazem ter rotina, mas o trabalho. E que o final de semana é muito mais curto e que domingo nem é tão ruim assim. Descobre o quanto é maravilhoso dormir mais cinco minutinhos, mas que é necessário cortar os legumes para o almoço estar pronto na hora.

E aí tu percebe que aqueles romances das telenovelas e dos filmes são um bando de farsas e vai desacreditando na expectativa de que os tombos te fazem evoluir, pois vive rebobinando uma fita chamada passado, que parece não ter fim.
Nessa constante busca pelo que ficou, e na ansiedade do que há por vir, nos perdemos na incessante angústia de não saber os porquês de tantos nãos que a vida nos dá. Nos pegamos com fé nos trocadilhos de ‘tudo tem seu tempo’, assim como cremos na frase ‘acontece na hora certa’. Mas, cadê? Onde está o nosso relógio? Será que esquecemos de verificar a bateria? Talvez seria o caso de trocar as pilhas.
Mas não, os ponteiros seguem andando em sentido horário. Parece que somos nós que escolhemos o caminho inverso. Que trilhamos na rota do de frente para trás. Não sei.
E aí tu percebe que vários casais deram certo e que todos os que te pareciam certos não passavam de loucos alucinados por uma pregação desconhecida. Percebe que os contos de fadas mentem e que reciprocidade virou sentimento de outro mundo. Começa a acreditar que está valendo mais apostar na loteria, do que nas pessoas.
E que triste. Que triste que se torna o mundo quando perdemos o tesão por rir sem motivo. Quando deixamos de lado a necessidade de abraçar, sem pensar que uma respiração fora do segundo esperado, pode estragar tudo. Que triste quando os elos se desfazem e os relacionamentos viram eternos joguinhos de sedução.
Já não me atrevo mencionar a palavra amor, tendo em vista que ela parece perdida em meio à hipocrisia humana. Mas ok, talvez essa minha falta de escrúpulos com as palavras logo deixe de ser áspera. Acho que só preciso de um banho de lua e de um piscar de olhares com as estrelas para voltar a acreditar que aquela garotinha que eu pensava que seria quando crescesse, enfim cresceu.


Original publicado na página do Facebook, em 20/02/2014.

Original publicado na página do Facebook, em 19/02/2014.
E se me acabarem as linhas, que eu mude de página. E se acabar o caderno, que eu siga escrevendo no céu, com a ponta de uma estrela, pois ela jamais deixa de brilhar. É apenas de sentimento que preciso para cronicar.



Original publicado na página do Facebook, em 11/02/2014.

Leite azedo

A gente pode acreditar em tudo. Naquilo que os olhos enxergam, ou no que o coração acha que viu. Pode desconfiar do sol, mesmo que o calor encha seu rosto de certezas, ou da Lua, ainda que ela desapareça em sua frente.
Acho que essa regra do ‘aprendi’ ficou meio fora de moda, como algo que se esconde atrás das verdades que ninguém aprova ou desaprova. São fatos que ficam meio entrelaçados com os sonhos, destemidos de uma realidade que grita, que se despe dos interesses e tem sede de ilusões perdidas na madrugada.
Sei lá, acho que a gente perde a noção do certo/errado quando aprende que caminhar olhando os próprios pés é uma certeza de que estamos caminhando, ainda que devagar; mesmo que sem saber o destino. Essa história de que os tombos ralaram os joelhos e as cicatrizes são a prova viva – e real – da maturidade não é bem lá honestidade. Creio que enquanto existir um pedacinho de pele saudável, mais tombos estão por vir, e pontos também.
Ainda que doa, ainda que seja desconfortável e até desesperador – em alguns casos – apaixonar-se é mais ou menos assim. É estar tão ciente de que tudo pode dar em nada, e ainda assim pegar-se acordado no meio da noite para encarar a estrela mais brilhante do céu. Ah, ok, isso parece meio romântico demais para aquele machão que acabou de sair da academia. Mas, crentes ou descrentes dessa fatalidade, ela acontece.
Vai ver é porque o mundo exige demais de uma sociedade. Ou a sociedade exige demais do mundo. Já perdi as contas, e também a noção de que ordem está correta. Acho que a gente perde milagrosos segundos por conta de um frio que arrepia a nuca e o estômago quando pensa em dar o primeiro passo. Quando decide sair da inércia e opta por chorar por algo que já fez, e não pelo leite que antes de sair da caixa e virar no fogão, virou líquido azedo.
É... essa é a realidade. Leite que não vira, azeda. Coração que não conhece o amor, também.



Original publicado na página do Facebook, em 11/02/2014.

Problemas

Sabe qual é o problema? Quando a gente deixa de acreditar em todos os sonhos que já estão desfeitos, surge uma outra proposta. Geralmente essa tentativa vem por meio de braços fortes, perfume tentador e uma voz suave e firme.
A gente tenta resistir. Pensa nas vezes que errou. E instintivamente arrisca um questionamento: Dessa vez será diferente?
É claro que a resposta é rápida, rasteira e quase alucinante: claro.
Pronto, um prato perfeito e destemido do futuro.
...
...
...
...
Sabe qual é o problema?
(ué, acho que já contei essa história. Ah, sim, mais de duzentas vezes).

Original publicado na página do Facebook, em 11/02/2014.

Sem rumo

Acho que no fundo, bem no fundo, mudanças doem. A gente até quer ir para o litoral, mas sempre lembra que é preciso primeiro encaixotar, depois desencaixotar, colocar tudo no lugar e a exaustão é grande até que tudo virem flores.
Mas vale a pena. Vale a pena pegar a estrada sem rumo; sem destino. Acordar sem saber onde está o relógio ou se a quarta-feira é dia 2,3,4 ou 10. Vale a pena gargalhar antes de dormir, mesmo que os sonhos te tragam lembranças que não são assim tão agradáveis. É que lembranças têm cheiro de saudade.
Pois é... mudanças não são assim tão agradáveis quanto parecem. Acho que é por conta do costume, do medo de que lá na frente algo não seja tão bom quanto era no passado. Acho que a gente tem mesmo é temor.
Mas vale a pena. Vale a pena pagar para ver. No final, até troco a gente acaba dando.


Original publicado na página do Facebook, em 07/02/2014

Linhas

Dá saudade. Nossa, muita. Mas saudade o tempo cura. Lembranças o tempo apaga. Sentimentos o tempo muda.
É que tem livros que são daqueles contos rápidos sabe?! Que um capítulo resume a história?! E esse foi o problema, por ser meio sem graça, perdido.
Ah, sei lá, vai entender a cabeça dos autores... acho que a gente sempre tenta dar um final melhor para as coisas. Então, que o nosso seja assim, com essas palavras que desejam 'felicidade na vida'.
Talvez as últimas linhas sejam para dizer que inconscientemente ainda estava esperando.
Mas, quando percebi, resolvi fechar a capa do livro, afinal, a última frase, do último parágrafo, já dizia: fim.

Original publicado na página do Facebook, em 07/02/2014
Era tanta gente que passava por aquele trem, que já não sabíamos se a estação era testemunha da saudade ou da alegria. Mas, uma coisa era certa, os trilhos sabiam guardar segredo.

Original publicado na página do Facebook, em 07/02/2014

Descomplica

Tudo é tão simples, a gente que complica. Quem é que já não ouviu, leu ou disse essa frase?! Eu, pelo menos, já fiz de tudo com ela. Desde sentar com as costas na porta e os pés estendidos à frente e repensar sobre a vida, até sair de casa com o discurso na ponta da língua e desistir na esquina.
Não sei se é covardia, ansiedade ou temor do futuro, mas sempre acabamos adiando a dieta para a próxima segunda-feira, o corpo perfeito para o verão do ano que vem, a festa para um final de semana sem chuva, e o encontro com os amigos para o dia que ninguém tem nada para fazer. Mais que isso, deixamos o celular pendurado no fio do carregador, olhando inúmeras vezes se o whatsapp tem alguma novidade, ao contrário de ligar.
É tanto plano infinity sei lá das quantas, que ainda preferimos deixar o coração apertado, cheio de saudades à ir atrás do que quer.
Talvez a lua seja uma ótima companhia para ficar encarando a noite inteira; mas já parou para pensar no quanto ela se tornaria mais bela, se tivesse um outro alguém do lado?! Ou quem sabe, se conseguisse admitir que contar as estrelas só tem graça se formos comparando ao número de passos que o caminho comporta até chegar ao destino certo?!
Acho que a gente complica mesmo. A gente se questiona; se desfaz da vontade. Acho que a gente espera a vida passar. Usa o relógio como desculpa e depois fica contemplando a farmácia, afinal, o tempo não foi o melhor remédio.
A vida é simples, a gente que complica. Descomplique-se! Talvez seja hoje um ótimo dia - em plena terça-feira - para quebrar os paradigmas e ir atrás do que te faz fechar os olhos e sorrir - ou de quem.


Original publicado na página do Facebook, em 04 de fevereiro de 2014