Às vezes dá vontade de vestir o jeans rasgado e jogar aquela camiseta cortada meio torta na gola, deixando aparecer os passarinhos que me marcam a linha superior das costas; de calçar o all star da Coca-Cola e deixar o rabo de cavalo mais para o lado, assim como a bolsa que atravessa o corpo com uma dúzia de bugigangas.
Às vezes subo no salto, fino, de bico, perfeitamente casado com a flare, que está revestida de uma camisa alinhada, e cabelos escorridos. Um pingente que reluz abaixo no queixo e os olhos bem marcados de preto e rímel. Até o tac tac do salto me faz sorrir.
Mas, a boca sempre é rosa, mesmo que às vezes me deixe vencer pelo encarnado. É que essa alma de menina que reflete no espelho nunca sai de cena. Nem quando o calendário aponta 16 de março.
Entre versos e poesias, a composição do meu humor se desfaz dos conselhos do sol ou do cinza. Acho que é normal essa bipolaridade. Pelo menos essa deveria ser.
Afinal, que mulher não é?!
Original publicado na página do Facebook, em 08/03/2014.
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