segunda-feira, 16 de junho de 2014

Sem rumo

Acho que no fundo, bem no fundo, mudanças doem. A gente até quer ir para o litoral, mas sempre lembra que é preciso primeiro encaixotar, depois desencaixotar, colocar tudo no lugar e a exaustão é grande até que tudo virem flores.
Mas vale a pena. Vale a pena pegar a estrada sem rumo; sem destino. Acordar sem saber onde está o relógio ou se a quarta-feira é dia 2,3,4 ou 10. Vale a pena gargalhar antes de dormir, mesmo que os sonhos te tragam lembranças que não são assim tão agradáveis. É que lembranças têm cheiro de saudade.
Pois é... mudanças não são assim tão agradáveis quanto parecem. Acho que é por conta do costume, do medo de que lá na frente algo não seja tão bom quanto era no passado. Acho que a gente tem mesmo é temor.
Mas vale a pena. Vale a pena pagar para ver. No final, até troco a gente acaba dando.


Original publicado na página do Facebook, em 07/02/2014

Nenhum comentário:

Postar um comentário