quarta-feira, 31 de julho de 2013

Procure por um amor...

   Andei procurando na literatura e nos contos cinematográficos a explicação para o amor. É estranho ver histórias tão magníficas, cheias de barreiras vencidas, e busca-las depois do the and, pois parecia impossível.
Talvez só estivéssemos olhando para o lado errado.

   Procure um amor que te faça rir das coisas mais banais. Que vai se preocupar com o teu cotidiano e que vai te questionar a todo instante se estás bem, pelo fato de estar um pouco mais calada. Procure um amor que vai eliminar as distâncias, que vai se fazer presente, mesmo que esteja em outro país. Procure um amor que te encha de carinho, que te faça transbordar alegria. Um amor que te deixe esquecer os problemas, que transforme teus dias em sol e tuas noites em luar.
   Procure um amor que seja simples, que seja complicado. Um amor que fale outros idiomas. Procure um amor que tenha linguagem própria. Que saiba compreender os sinais do beijo. Mas que também faça questão de traduzir o teu olhar. Procure por um amor sem limites. Por aquele que te tira da sanidade. Que te enlouquece de tanto rir.
   Procure um amor que vai te deixar com cara de paisagem no meio da avenida. Que vai cegar a tua razão. Um amor que te alimenta, que te contenta. Procure por um amor que te complete. Que te faça companhia na loucura, que esteja presente na tristeza e que seja o palco da tua alegria.
   Procure por um amor que vai ser perfeito perante os humanos, que vai entender os teus anseios e vai curar os teus medos. Procure um amor que vai te iluminar no escuro, que vai pegar tua mão no meio da solidão, mas que acima de tudo, vai te ver como única em meio aos demais.

   Procure um amor que esteja procurando por ti. E quando encontrar, terás certeza de que nem os livros, muito menos os filmes, possuem um amor tão lindo quanto o que mora dentro do teu coração.

sexta-feira, 26 de julho de 2013

Meus amores, meus avós!

Cheiro de infância.
Sabor de chocolate.
Suavidade de algodão doce.
Mãe e pai ao dobro.

Duas doses de amor.
O que há entre o sim e o não que nunca aprendemos a diferenciar.
Um beijo que diz 'te zelo'.
Um abraço que promete carinho eterno.
Eles são o meu porto seguro.

A minha lembrança mais 
O quadro que eu pintava nas férias.
Eles são a espera do final de semana.
A estrada que não se conclui.
A comida mais gostosa do mundo e que engorda apenas a alma.
Eles são a minha alegria.

A minha ousadia.
O lugar onde eu perco o medo.
São o sinônimo das minhas verdades.

Os meus traços mais sinceros.
A minha semelhança com o futuro.
Eles são o berço do meu passado.

Meus avós. Minha reciprocidade eterna. Minha mania manhosa. Meus anjos, meus amores, meus para sempre meus.

Felizes aqueles que têm quem chamar de vó, vovô, nona, bisa... felizes os que sabem exatamente o que eu sinto neste dia. No dia em que tudo se resume a gratidão. No dia em que toda e qualquer menção de parabéns significa muito pouco, perto do que eles realmente merecem.

Eu amo cada um com todas as minhas forças e agradeço por estarem ainda em vida comigo.
Aos 21 anos, ter os 4 avós e uma bisa é mais que uma benção. É ter a certeza de que onde quer que eu esteja, eu levo comigo, o amor e a fé dos melhores pais do mundo.

Baú

A vida é tão complicada. Parece que estamos sempre esperando por algo que nunca chega. São metas incessantes, rumos que se dividem. Atitudes não pensadas e oportunidades perdidas por pensar demais. É o misto de medo e esperança, uma armadilha que não condiz com os desejos.
Talvez fiquemos focados demais no incerto, esperando o caminho apontar os erros. Deixando de agir. A gente não abre a janela esperando que a surpresa bata na porta, e ai perdemos o calor do sol e o brilho da lua, vivendo de uma felicidade de velas que se desmancham no metal. Pode ser que o destino ainda esteja tramando algo, mas será que este aperto no peito faz parte dos planos?!

Eu não sei, meu bem. Sinceramente, perdi as contas de quantas vezes sentei atrás da porta para esperar as respostas. Elas nunca vieram. Fui trocando os temas, aumentando a idade e mudando a numeração dos calçados. A sapatilha de ponta virou sapato de salto, e a maria chiquinha hoje ficou de lado para a chapinha. Os traços começaram a amadurecer e a adolescência ficou no baú das lembranças.
A saudade está no mural do quarto, recheada de recordações que tentamos não lembrar. A distância que se afasta e o futuro que bate sem parar em nosso ombro.

Mas é isso. A vida sempre vai ser assim mesmo. Uma busca constante por uma felicidade que jamais se completa. Afinal, nessa caixinha, sempre há espaço para mais uma surpresa.

terça-feira, 23 de julho de 2013

#tattoo #liberdade

É que depois de um certo tempo, a ânsia começa a sufocar teus princípios. É uma questão de enfrentar os medos, traçar as metas e dizer adeus às frustrações.
Não são apenas riscos na pele...

É a impressão de um desejo que grita por liberdade.





segunda-feira, 22 de julho de 2013

Triste é tecer a saudade

Triste não é não ter a oportunidade de dizer 'olá', mas ser obrigado a dizer 'adeus'.
Talvez a gente só não tenha aprendido a praticar o desapego, a aceitar as perdas, a deixar partir aquele que já não quer mais ficar. Afinal, ninguém gosta do que nunca provou.
A cegueira é muito mais triste para quem já viu a luz e estar sozinho só faz sentido depois que já se esteve com alguém...
Só se descobre o amor, depois que tu já não consegue mais pensar no teu caminho sem enxergar aquela mão que te segura no precipício.
Então, o que dói não é a necessidade de ter um amor, mas a falta de quem se foi. A ausência que ressurge na lembrança. É o aperto da saudade que surge incansavelmente...
Triste não é viver na esperança de encontrar um par, mas saber que hoje ele dança valsa com outra laranja. Triste é perceber a tristeza só depois que o passado virou saudade.

sábado, 20 de julho de 2013

Jeito Menina


E desse jeito de menina com cara de 16 eu vou colhendo as flores do caminho. Ah, quantos espinhos eu catei achando que fossem folhas, mas tudo bem, um pouco de mertiolate cura a ferida. Eu dou risada das situações mais intensas e choro ao ouvir uma música que me leva ao bau de lembranças. Eu canto fora da letra e como todos os doces que me oferecem. Eu brigo com o espelho pelo menos três vezes por dia. Fujo das críticas, tapo os ouvidos diante dos avisos e fecho os olhos para não enxergar algumas verdades. Depois eu caio sentada no chão de tanta tristeza, buscando o compasso e querendo voltar à infância que meus traços trouxeram comigo.

Aos vinte e um tu sabe pouca coisa da vida, mas já está mais perto dos trinta, é uma questão de contagem regressiva. Os anos passam voando, as horas já viraram visita de médico e tu fica aí, perdida, inconstante, querendo o não e o sim que não te pertencem mais. Tu deixa de gritar por medo de ficar sem voz, mas esquece que pegou frio por querer ser a última a sair.
Essa tua estrela brilha, e o que tem de raposa querendo apagar a tua luz é quase incontável. Menina, tu te produz, passa perfume, dança todos os ritmos, foge dos caras e depois vai para casa, deita e abraça o travesseiro. Se pergunta o motivo de ainda estar sozinha, e então acorda de um sonho do qual preferia continuar dormindo para vivenciar aquela história.
Mas deixa assim, para uns tu vais ser sempre a chapeuzinho vermelho, para outros, o lobo mau que comeu a mocinha e vestiu o vestido de chapéu.
Mas sabe de uma coisa? Não vai ser a opinião alheia que vai te mudar. Portanto, trate de importar-se apenas com aqueles que te amam, pois os outros, são apenas o resto.

sexta-feira, 12 de julho de 2013

E foi por isso que eu resolvi te esquecer...
Lutar por ti é nadar contra a maré.
É buscar o poema que ninguém escreveu...
Então eu desisti.
Quando eu lembro do teu sorriso eu começa a sorrir.
Mas quando eu lembro de ti, eu faço questão de lembrar que hoje tu só deixou saudades...
Com o tempo eu vou aprender a curar os joelhos.
Talvez eu só não tenha aprendido a equilibrar a bicicleta...
Me dê um motivo para ficar que eu te dou mais um milhão para te provar que estava certa...
Há duas coisas que me fazem te amar...
a primeira é encontrar a tua sinceridade.
A outra eu tento descobrir todos os dias...
Quando eu resolvi apostar, descobri que estava sozinha.
Foi aí que a história ganhou um The And 
Deixei a minha mania de te procurar.
Não foi por ter te esquecido...
Foi porque eu lembrei de mim...
Deixa disso...
Por mais que eu fuja das tuas verdades, é no teu olhar que eu encontrei o meu arco íris.
Meu sim, meu não...
Minha mania de te esperar atrás da porta...
Meu descaminho.
Existem diversas maneiras de ser feliz...
A diferença é que não precisa ter uma explicação para cada uma!

Egoísmo

Eu quero fugir das possibilidades. Quero esvaziar o tubo de expectativas. Eu quero aquela pessoa que eu enxergo no espelho só para mim. Quero cada segundo, cada suspiro. Quero viver a gostosa essência do egoísmo.
Eu quero desligar o celular, esquecer as redes sociais. Não quero que ninguém me espere; também não pretendo estar à espera.
Quero só o cheiro de flores, quero me despir de amores, quero sonhar com o diploma e com roupas que ainda não comprei.
Quero banho de chuva sem me importar o cabelo. Quero sair de cara limpa; correr na rua de tênis.
Eu quero acordar de madrugada para ouvir house. Dirigir para qualquer lugar. Quero não ter o que procurar. Quero não ser encontrada.
Eu quero rir incansavelmente de todas as piadas. Quero tirar 10,0 no artigo científico e ir dormir cedo aos sábados.
Eu quero descobrir a esperança no chorinho de bebê, quero me encantar pela produção impecável do filme, e não por me identificar com a trama romântica e triste.
Sim, meu bem, eu quero praticar a lei do desapego. Quero ser de ninguém, mas também não quero a responsabilidade de ter alguém para chamar de meu.
Eu só quero paz! Quero sossego, quero saber o que é não estar apaixonada, pelo menos uma vez.
Quero provar esse gosto vazio, quero respirar sem pensar no amanhã. Eu quero esquecer o passado, afogar a saudade.

Eu quero ser só minha. Eu preciso, depois de 21 anos, de mim.

Um dia seremos a fotografia amarelada da estante

Um dia vai ser apenas uma fotografia amarelada, no quadro das lembranças. Um dia serão apenas resquícios dos nossos sorrisos, uma infância colorida que há muito ficou para trás...
Um dia seremos apenas os ex adolescentes, com uma saudade que aperta quando o coração lembra daquilo que a sua memória tenta esquecer. Um dia, um dia chegaremos aos cabelos brancos, às rugas embaixo dos olhos, às mãos cansadas.
Um dia teremos o tempo e o dinheiro que hoje não temos, mas vai faltar a disposição que nos faz virar as noites dançando, tentando ver o sol raiar e beijar a lua. Seremos distantes, constantes, pessoas de mundos diferentes. Seremos a metáfora do passado. A inquietude dos lamentos.

Um dia seremos aqueles que se espantam pelo fato do filho do colega de faculdade estar se formando também. Nos espantaremos com a ausência de paciência. Com a vontade de ficar em casa todos os finais de semana. Um dia sentiremos falta das aventuras, das discussões, dos medos e até daquelas manhãs cansativas de inverno no pampa.
Um dia seremos o que sobrou de nós mesmos, o que fizemos das nossas escolhas, o que sobramos do nosso destino. Um dia seremos o que restou de quem deixamos passar, de quem não pedimos para ficar, de quem nunca deveria ter entrado.
Seremos o sim e o não, e já não teremos tanto tempo para corrigir o que ficou para trás. Tentaremos passar a borracha nos velhos erros, na falta de experiência, nas péssimas escolhas, mas será tarde, ali estaremos, sentados em uma cadeira num final de domingo - o dia que durante toda a sua vida tu odiou, mas que hoje tem cheiro de mofo.

Um dia sentiremos o peso da idade e teremos raiva de termos escondido a nossa juventude atrás das desculpas. Atrás dos estudos. Um dia iremos perceber que a distância só existe entre o que temos e o que ficou. Entre aquilo que nos tornamos e que gostaríamos de ter sido. Um dia descobriremos que a distância é uma bobagem, é um tiro no pé, é uma meta que deveria ser encarada a cada amanhecer. Um dia seremos o rio de lágrimas que lamenta.

Por isso, corre atrás, arrisque, caia mil e quinhentas vezes. Rasgue o joelho e depois faça pontos. Arranque os cabelos de preocupação, vire os dias sem dormir, coma todos os doces que achar que deve no meio do regime. Cante no meio da rua, não só no chuveiro. Dê risadas estrondosas entre os amigos. Tenha amigos. Tenha melhores amigos. Tenha irmãos feitos de afinidade. Pratique a reciprocidade.
Pois é inevitável. Esse dia vai chegar. Então, que ele nos pegue rindo, debochando, e, de preferência, com aquele cara lindo da faculdade ao seu lado, de mãos dadas, vendo que tu tinha razão: ele era o cara da tua vida.

Vá até onde der. Se não der, recomece.

Etiqueta cardíaca

Sim, eu gostaria tanto de ser diferente. De aprender com os tombos. De mudar um pouquinho após cada decepção. Queria parar de olhar para o passado e imaginar o futuro. Encarar o presente. Usar a inteligência.
Talvez a gente fique tentando descobrir verdades nas mentiras. Apostando em promessas que nunca existiram. Vivendo sozinhos aquilo que deveria ser a dois.
O tempo vai passando, o gosto vai mudando, mas as consequências vão se repetindo.

Quantas vezes eu já quis desistir, deixar de lado aquilo que me assusta, prender o destino na fé e simplesmente deixar rolar. Mas aí vem a saudade - sua bandida - e aperta o coração, sufoca a garganta e faz a razão dar um passeio para bem longe, te deixando completamente desprotegida. Sim, aí a gente erra. A gente peca. A gente volta a cometer as atrocidades que apontamos na lista do "não fazer nunca mais".
A gente chora, se escabela, tropeça, soluça e até bebe, na tentativa insana de curar uma ferida que não remete culpados, que não julga inimigos. Uma dor latente que se sustenta pela própria essência de ser desconfortavelmente estúpida.

Talvez eu devesse ter ficado mais desconfiada. Quem sabe, cética. Mas ainda assim, algo aqui dentro grita, lateja, acelera os batimentos, faz o sangue subir e pronto, lá se foram todas as promessas de inquietude.
Eu to me sentindo num escuro sem vela, sem esqueiro, sem fósforo, sem luz solar, sem energia. Eu estou me sentindo no buraco mais apertado de todos, no poço quilométrico, na estrada sem saída. Eu me sufoco em cada tentativa de sair daqui, perco as forças e logo mais já perdi as esperanças.

Eu queria tanto descobrir onde foi que eu errei. Onde eu deixei as falhas entrarem e tomarem as rédeas da situação. Queria tanto detectar os problemas para saná-los de uma só vez. Mas enquanto isso não acontece, eu fico aqui, descobrindo a cada noite, o quão burra eu posso ser. Sim, eu falo de burrice, pois uma coisa é não saber o que fazer, outra, é fazer completamente o contrário do que manda o manual de instruções.

Tu senta, pensa, analisa os fatos, chora. Depois sorri, lembra do que é bom, sente saudades. Aí começa a se arrepender, logo já conclui que não, que era melhor assim. O coração borbulha, quer mais que tudo. A razão diz "stop", alerta, dá sinal vermelho e elimina o amarelo. Mas sempre dá para apostar mais um pouquinho. Ir mais além. A luz no fundinho do túnel ainda não está visível, mas perto. Tu te faz presente, constante, insistente. Pensa que está no caminho certo, cai, rala o joelho, olha as placas e percebe que entrou no atalho errado. Ai tu levanta. Repensa tudo. Diz que vai mudar. Refaz os planos. A noite cai e lá está tu, mais uma vez, contando essa história, pela milésima vez.

quarta-feira, 10 de julho de 2013

Papo adulto

Há coisas que simplesmente não têm explicação. Por mais que eu tente, que eu vasculhe e que eu arrombe o coração, existem sentimentos que ficam ali, empedrados, sugando toda e qualquer esperança que pousa ao lado do travesseiro. Às vezes eu tento enxota-la com o sol, dentre outras, faço com que ela se apaixone pela lua, mas ainda assim, quando a noite cai, ali está ela, me esperando, pronta para criar um mar de expectativas.
Mas afinal, quem é que entende de amor? Os escritores? Os amantes? Os autores? Os músicos? Não, meu bem, esta é uma droga entorpecente que ninguém compreende. Um fruto proibido, um pedaço de tecido que remenda os outros sentimentos.
Talvez nós estejamos esperando pelo inesperado. Querendo ver o the and em uma sala de cinema que já ficou vazia. 
Eu compreendi a diferença entre eu e você. Entre o que nos separa. Eu limpei o retrovisor e enxerguei o passado. Você estava ali o tempo todo, sentado, me esperando e eu aqui, fugindo para o futuro incerto.

Eu encontrei você no caminho, sem querer. E te deixei ficar. Eu não sabia que a brincadeira poderia - de uma hora para outra - virar papo de adulto. Mas quem é que consegue prever.
Eu só sei que quando é pra acontecer, simplesmente acontece.
A gente inventa o estilo, muda as estratégias, traja o social e se importa com o descontraído. Larga as armas, perde os apetrechos, vai pra guerra e volta com a bandeira branca. A gente aprende a viver quando se despe dos interesses, quando descobre que há muito mais felicidade nos detalhes. A gente aprende quando descobre a lembrança. Quando entende a saudade.

segunda-feira, 8 de julho de 2013


Existem diversos jeitos de ser feliz. Um deles é aceitar. Aceitar os erros, as indiferenças, os silêncios e até as respostas negativas.

Talvez a gente fique tempo demais batendo na mesma tecla, tentando modificar o que já está empedrado, lapidando o que já foi lapidado. É mais fácil aceitar. Aceitar que o pau nasceu torto, que o outono de 2013 já acabou, que o frio é inevitável. 
Sim, amores vêm e vão. Saudade dá e passa. Lágrimas caem e secam. O sol nasce, mas dá espaço para a Lua também.



Eu aprendi a ser feliz quando comecei a aceitar. Quando me deixei levar. Quando redescobri as verdades no teu olhar. Eu me deixo encantar, eu me permito sonhar, eu não pretendo cavocar o passado - nem o futuro. Meu bem, eu encerrei as expectativas, eu passei remédios nas feridas e agora eu estou a sorrir. Quero apenas aproveitar aquilo que me deixa assim, boba de felicidade.

Eu apenas aprendi a aceitar.

quarta-feira, 3 de julho de 2013

Ele é o cara

Sinceramente?
Eu não me importo com o que você pensa dele, nem se você o odeia, se acha que ele errou, ou se tem medo que eu me machuque. Não, muito pelo contrário, enquanto os 'certinhos' me fizeram chorar, ele foi o cara que me fez rir de um jeito que doia a barriga; depois ele me abraçou e disse que eu era especial.
Eu não me importo com as coisas que ele já fez, nem com as coisas que ele já disse. Eu já esqueci as nossas brigas e até aquela discussão que me fez ficar roxa de vergonha. Pois ele já me abraçou na frente dos amigos, já me deu a mão e me tirou o medo.
Eu não me importo se você acha sinceridade algo ruim, ou se você acha que ele não foi feito pra mim, nem eu pra ele, o encaixe foi perfeito, de um jeito que, confesso, nos surpreendemos.

Enquanto o bom moço, sorridente que diz amém para tudo sorri para você, ele me deixava plantada esperando com ilusões falsas. Enquanto o cara que você julga ser do mal, me enche de coragem e me faz muito mais mulher do que eu pensava que podia ser.

Sim, eu sei que as coisas não estão como eu gostaria. Eu sei que já pareci chateada. Mas quem é que vive nos contos de Alice? Ninguém.
Meu bem, ele é o cara. Talvez não seja ao pé da letra de Roberto Carlos, mas do seu jeito ele conseguiu me fazer feliz.
Os contratempos surgiram, mas, se um dia eu voltar a ser aquela que faz ele sorrir, com toda certeza eu abraçarei ele mais forte, para poder dizer sem medo algum aquilo que eu estava tentando esconder do resto do mundo: é por confiar em ti que eu estou aqui, te esperando.

segunda-feira, 1 de julho de 2013

Errar - o verbo conjugado por todos

Quem tem um blog, não procura ganhar dinheiro, pois ele não possui fins lucrativos, principalmente o meu. Quem vem aqui, busca muitas vezes um consolo, uma palavra que acalente o coração aflito. Sempre procurei escrever aquilo que eu sinto. Às vezes parece profundamente triste, entre outras, uma alegria que quase não cabe entre o casamento de vogais e consoantes. Mas, quem é que não vive de momentos bons e ruins?!
Meu destempero, para algumas pessoas, é confuso, algo que nem precisava ser lido. Para outras, é a melhor maneira que encontram de solucionar problemas. Quando a gente vê uma história parecida com a que a gente vive, algo mais forte nos diz 'vai à luta', ou simplesmente, 'desista'. Eu confesso que em poucos instantes eu fui à favor da desistência. Como dizem os sábios, o não tu já possui, agora vamos atrás do sim.
Nem sempre adiantou. Para ser sincera, poucas foram as vezes que isso aconteceu. Mas algo é mais forte que a minha razão, e sim, eu sempre acabo trilhando o rumo sentimental dos fatos. Creio que uma pisciana tende a cair nas piores tentações, errando e muito, mas quem disse que é fácil? Outro verso lindo que eu conheço, é aquele que diz "o coração tem razões que a própria razão desconhece". E é isso mesmo.
Sim, todos os meus textos são baseados em uma história real. Queria usar minha imaginação para criar contos literários, mas não consigo me desligar do meu próprio romance. Confesso que jurei que jamais escreveria isto, pelo menos por enquanto, enquanto a poeira está tapando a nossa visão sobre tudo que aconteceu, mas mais uma vez estou aqui, lidando entre o certo e o errado. Cuspindo verdades.

Minha intenção nunca foi criar um personagem monstro, como tu acreditou que fosse. Não, eu não faria o meu príncipe encantado virar sapo, não nos meus poemas. Talvez o coração, meio calejado - para não dizer muito - esteja um pouco áspero, e as palavras estão formando frases magoadas. Mas eu não estaria aqui, cantarolando versos sem melodia, remando contra uma saudade que transpõe todo e qualquer sentimento. Se toda lembrança não acabasse em risos que tu plantou em mim.
Sim, a minha vontade é de desconectar, te desligar. A minha vontade é de afogar as tuas palavras, mas eu não posso. Nem por um segundo eu consigo te esquecer. Nem quando eu encaro o espelho, e me vejo em você. Nem quando eu, inconscientemente, me pego procurando fotos antigas, tentando provar para mim mesma que o passado está tão próximo e que o presente não dará futuro algum. Pois nem por um segundo eu deixo de sentir a tua falta. Nem mesmo que eu queira. Nem mesmo quando rezo pedindo por tantas coisas, até mesmo por ti.
E o que dizer deste ciúmes bobo, infantil, e completamente sem motivo que surge a cada frase... um misto de calor e dor que vão rasgando o peito a cada palavrinha, a cada final de música que eu escuto. A cada vez que eu entro na tua rede social e busco entender que acabou, o que nem começou.
Hoje eu já descobri que não é só a distância, que não são apenas as diferenças, tampouco a desconfiança, que separam os nossos mundos tão opostos. Hoje eu descobri que não são apenas as intrigas, a falta de informações, ou a sinceridade que nos deixa assim, fugindo. Hoje eu descobri que é o silêncio, o teu silêncio, o meu silêncio, que fez de nós dois, pessoas tão amáveis, calados diante daquilo que estava ali.

Eu hoje engoli o choro. Não, não foi tu que me fez chorar. Foram as circunstâncias, foi o medo, foi o excesso de expectativa. Foi o pânico de te perder, mesmo antes de te ter. E mesmo que algo aqui dentro grite compulsivamente para eu não acreditar, eu sei que foi sincero. E talvez eu devesse te deixar de lado, completamente isolado, mas ainda assim, mesmo que sem querer, eu continuaria aqui, como estou, completamente apaixonada.

Eu errei, tu errastes, ele errou, nós erramos, vós erreis,  eles erraram... errar é um verbo conjugado por todos, pois quem nunca, que atire a primeira pedra.