E desse jeito de menina com cara de 16 eu vou colhendo as flores do caminho. Ah, quantos espinhos eu catei achando que fossem folhas, mas tudo bem, um pouco de mertiolate cura a ferida. Eu dou risada das situações mais intensas e choro ao ouvir uma música que me leva ao bau de lembranças. Eu canto fora da letra e como todos os doces que me oferecem. Eu brigo com o espelho pelo menos três vezes por dia. Fujo das críticas, tapo os ouvidos diante dos avisos e fecho os olhos para não enxergar algumas verdades. Depois eu caio sentada no chão de tanta tristeza, buscando o compasso e querendo voltar à infância que meus traços trouxeram comigo.
Aos vinte e um tu sabe pouca coisa da vida, mas já está mais perto dos trinta, é uma questão de contagem regressiva. Os anos passam voando, as horas já viraram visita de médico e tu fica aí, perdida, inconstante, querendo o não e o sim que não te pertencem mais. Tu deixa de gritar por medo de ficar sem voz, mas esquece que pegou frio por querer ser a última a sair.
Essa tua estrela brilha, e o que tem de raposa querendo apagar a tua luz é quase incontável. Menina, tu te produz, passa perfume, dança todos os ritmos, foge dos caras e depois vai para casa, deita e abraça o travesseiro. Se pergunta o motivo de ainda estar sozinha, e então acorda de um sonho do qual preferia continuar dormindo para vivenciar aquela história.
Mas deixa assim, para uns tu vais ser sempre a chapeuzinho vermelho, para outros, o lobo mau que comeu a mocinha e vestiu o vestido de chapéu.
Mas sabe de uma coisa? Não vai ser a opinião alheia que vai te mudar. Portanto, trate de importar-se apenas com aqueles que te amam, pois os outros, são apenas o resto.
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