A vida é tão complicada. Parece que estamos sempre esperando por algo que nunca chega. São metas incessantes, rumos que se dividem. Atitudes não pensadas e oportunidades perdidas por pensar demais. É o misto de medo e esperança, uma armadilha que não condiz com os desejos.
Talvez fiquemos focados demais no incerto, esperando o caminho apontar os erros. Deixando de agir. A gente não abre a janela esperando que a surpresa bata na porta, e ai perdemos o calor do sol e o brilho da lua, vivendo de uma felicidade de velas que se desmancham no metal. Pode ser que o destino ainda esteja tramando algo, mas será que este aperto no peito faz parte dos planos?!
Eu não sei, meu bem. Sinceramente, perdi as contas de quantas vezes sentei atrás da porta para esperar as respostas. Elas nunca vieram. Fui trocando os temas, aumentando a idade e mudando a numeração dos calçados. A sapatilha de ponta virou sapato de salto, e a maria chiquinha hoje ficou de lado para a chapinha. Os traços começaram a amadurecer e a adolescência ficou no baú das lembranças.
A saudade está no mural do quarto, recheada de recordações que tentamos não lembrar. A distância que se afasta e o futuro que bate sem parar em nosso ombro.
Mas é isso. A vida sempre vai ser assim mesmo. Uma busca constante por uma felicidade que jamais se completa. Afinal, nessa caixinha, sempre há espaço para mais uma surpresa.
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